PF diz que Abin paralela espionou integrantes da CPMI da Covid e ministros de Bolsonaro; confira lista
PF diz que Abin paralela espionou integrantes da CPMI da Covid e ministros de Bolsonaro; confira lista
A investigação da Polícia Federal trouxe à tona um aumento significativo na lista de figuras públicas monitoradas pela Abin paralela. Ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL), bem como deputados federais e senadores, foram alvos do programa de vigilância, revelaram fontes ligadas à investigação.
De acordo com a Band, entre as autoridades rastreadas de forma ilegal pela Abin paralela estão ministros proeminentes, incluindo Abraham Weintraub, da Educação, Anderson Torres, da Justiça, Flavia Arruda, da Secretaria de Governo, e o ex-ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz. O monitoramento estendeu-se ainda a parlamentares que anteriormente apoiaram Bolsonaro, como Kim Kataguiri e Alexandre Frota.
Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados, também foi identificado como alvo do programa de espionagem. Além disso, senadores que integraram a CPMI da Covid, como Otto Alencar, Rogério Carvalho e Renan Calheiros, também constam na extensa lista de indivíduos monitorados.
O processo de investigação realizado pela Polícia Federal foi meticuloso, incluindo o rastreamento de números de telefone associados aos alvos, totalizando mais de 60 mil acessos através do programa espião.
Governadores não ficaram imunes à vigilância da Abin paralela, com nomes como João Dória, de São Paulo, e Camilo Santana, do Ceará, sendo identificados como alvos. Até mesmo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, foi monitorado, juntando-se a outros membros da corte, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, nessa lista preocupante.
As investigações apontam Alexandre Ramagem, delegado da PF e ex-diretor da Abin, como o responsável pelo comando do monitoramento ilegal, embora alegações apontem Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, como o líder do esquema. Ambos negaram envolvimento e ainda não foram ouvidos pela Polícia Federal.
Enquanto isso, o ministro Cristiano Zanin deu um prazo de 10 dias ao Congresso para fornecer informações sobre a regulamentação do uso de programas de monitoramento pelo poder público. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, aguarda uma lista completa dos deputados e senadores vigiados ilegalmente, a ser fornecida pelo Supremo Tribunal Federal.
Confira a lista completa:
Abraham Weintraub
Anderson Torres
Flávia Arruda
Carlos Alberto dos Santos Cruz
Kim Kataguiri
Alexandre Frota
Rodrigo Maia
Otto Alencar
Soraya Thronicke
Renan Calheiros
Rogério Carvalho
Omar Aziz
Humberto Costa
Randolfe Rodrigues
Simone Tebet
Alessandro Vieira
Roberto Barroso
Gilmar Mendes
Alexandre de Moraes
Joao Dória
Camilo Santana
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