Em resposta a ex-chanceler, Mauro Vieira reafirma posição do Brasil sobre o genocídio israelense
O ministro das Relações Exteriores do governo de FHC criticou por carta o apoio do Brasil a ação que acusa Israel de genocídio. Ministro atual replicou
247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, respondeu por escrito a um de seus antecessores, Celso Lafer, que havia divulgado uma carta com críticas à decisão do Brasil de apoiar a ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça em que acusa Israel de cometer genocídio contra o povo palestino.
"Eu mantenho minha opinião de que o genocídio não se aplica à discussão de temas humanitários e do direito de guerra", disse Lafer, tomando posição favorável ao governo israelense, condenado pela imensa maioria da comunidade internacional por estar cometendo genocídio contra o povo palestino.
Celso Lafer, que foi chanceler durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, argumentou em sua mensagem ao atual chanceler Mauro Vieira que não é possível invocar a Convenção para a Prevenção ao Genocídio nos ataques israelenses as palestinos em Gaza.
Segundo a coluna Painel da Fiolha de S.Paulo, o chanceler Mauro Vieira mandou mensagem a Lafer em que reafirma posicionamento do governo Lula argumentando que o crime de genocídio "estaria em curso nos ataques a Gaza".
A Corte Internacional de Justiça acatou a ação movida pelo governo da África do Sul contra Israel e determinou que o estado sionista tome as medidas necessárias para proteger a população civil palestina. O tribunal internacional também exige que no prazo de um mês Israel apresente relatório reportando as medidas. A investigação sobre o crime de genocídio prossegue.
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