Confederação Nacional da Indústria defende cortes mais fortes na taxa de juros

 CNI apontou a inflação de 4,6% em 2023 como justificativa para uma abordagem mais enérgica na redução da taxa Selic

www.brasil247.com - Ricardo Alban
Ricardo Alban (Foto: CNI)

247 – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, expressou sua insatisfação com a postura conservadora adotada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. 

Alban defendeu cortes mais robustos na taxa Selic, que foi reduzida ontem de 11,75% ao ano para 11,25% ao ano, alegando a necessidade de uma abordagem mais agressiva para aliviar o ônus financeiro enfrentado por empresas e consumidores ao longo das cadeias produtivas.

Alban ressaltou a urgência de medidas mais contundentes do Copom, argumentando que a falta de uma mudança substancial na política monetária poderia resultar em consequências prejudiciais para a economia brasileira, incluindo a redução do emprego e da renda. “Sem essa mudança urgente de postura, seguiremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos emprego e renda", disse ele.

Enquanto o Copom indicou que os cortes de 0,5 ponto percentual devem continuar nas próximas reuniões para sustentar uma política contracionista e combater a inflação, a CNI apontou para sinais favoráveis, como o IPCA encerrando 2023 em 4,6%, como justificativa para uma abordagem mais enérgica na redução da taxa Selic, segundo reportagem do Metrópoles.

A taxa Selic, como principal instrumento de controle da inflação pelo Banco Central, influencia diretamente as taxas de juros em todo o mercado brasileiro, incluindo empréstimos, financiamentos e investimentos. A CNI argumenta que uma Selic elevada prejudica a economia do país.

O Copom, por sua vez, justificou sua cautela devido à volatilidade do ambiente externo, especialmente diante do cenário internacional incerto. O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, manteve suas taxas de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, com possibilidade de redução em caso de queda na inflação, conforme anunciado. 

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