Presidente do PL joga para Cid responsabilidade em fraude no cartão de vacina de Bolsonaro

"Todo mundo sabia que o Bolsonaro não foi vacinado. Se [Mauro] Cid fez alguma coisa, foi sem o conhecimento de Bolsonaro", disse Valdemar Costa Neto


Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Mauro Cid e Jair Bolsonaro
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Mauro Cid e Jair Bolsonaro (Foto: ABR | Reuters)

247 - O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou em entrevista à GloboNews que a suposta irregularidade no cartão de vacinação contra a Covid-19 de Jair Bolsonaro (PL), investigada pela Polícia Federal (PF), caso tenha ocorrido, foi feita sem o conhecimento do ex-mandatário. A declaração de Valdemar foi feita  na tarde desta terça-feira (16), no mesmo momento em que Bolsonaro prestava depoimento à PF sobre a fraude no cartão de vacina. 

"Todo mundo sabia que o Bolsonaro não foi vacinado. Se [Mauro] Cid fez alguma coisa, foi sem o conhecimento de Bolsonaro", disse o presidente do PL, Ainda segundo ele, “se Cid fez, foi errado". A afirmação faz referência ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, preso pela PF no último dia 3, no âmbito da Operação Venire.

Além de Cid, outros assessores próximos do ex-mandatário também foram presos pela suspeita de integrarem o esquema de inserção de dados fraudulentos nos sistemas informatizados do SUS referentes à vacinação. 

Na entrevista, Valdemar também disse não acreditar na possibilidade de que Bolsonaro (PL) venha a ser considerado inelegível pela Justiça Eleitoral. “Acho impossível Bolsonaro ficar inelegível só porque disse algo como presidente. Ele jamais ficará inelegível”, disse. 

Ao todo, o ex-mandatário responde a 16 ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que podem torná-lo inelegível, sendo que a que trata da reunião com embaixadores estrangeiros em julho do ano passado, quando ele atacou o sistema eleitoral, o mais avançado. Ele também é investigado no âmbito dos inquéritos das fake news, das milícias digitais, dos terroristas de 8 de janeiro e do que apura uma suposta interferência indevida na Polícia Federal.

Ainda segundo o presidente do PL, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não deverá ser candidata em 2026 caso Bolsonaro seja declarado inelegível. “A Michelle já deixou claro que não quer ter mandato, quer trabalhar no PL Mulher. Eu gostaria que ela quisesse, porque é a mulher mais bem avaliada do Brasil hoje”, disse. “Acho que tem o Flávio (senador Flávio Bolsonaro), tem o Eduardo (deputado Eduardo Bolsonaro), tem o Tarcísio (Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo). Temos muita gente boa”, completou.  

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