Em Hiroshima para participar do G7, Lula se encontra com o primeiro-ministro do Japão


Presidente ainda terá reuniões com diversos líderes, como Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, da Alemanha.

Por g1 — Brasília

Lula durante Encontro com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em Hiroshima neste sábado (20). — Foto: Ricardo Stuckert/PR
 Lula durante Encontro com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em Hiroshima neste sábado (20). — Foto: Ricardo Stuckert/PR


O presidente Luiz Inácio Lula, em viagem a Hiroshima para participar da cúpula do G7, se encontrou na noite desta sexta-feira (19) -- manhã de sábado, no horário local -- com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida.

No Twitter, Lula disse que teve uma "ótima conversa" com o primeiro-ministro.

Afirmou ainda que debateram a ampliação das relações empresariais entre os dois países.

"Ótima conversa com o primeiro-ministro do Japão. Falamos sobre a necessidade de retomarmos e ampliarmos relações entre empresários e empresas dos dois países. Temos laços culturais com o Japão e uma grande comunidade nipo-brasileira. A ampliação de nossa parceria será importante para o crescimento de nossos países", escreveu Lula.

Em um vídeo do encontro, divulgado pela Secretaria de Comunicação do Planalto, Lula afirmou que precisava ir ao país para que "pudesse conversar e estreitar as relações existentes entre Brasil e Japão".

"Desde 1908, muitos japoneses contribuíram com o crescimento do Brasil, muitos empresários investem no Brasil. Portanto, eu acho que a possibilidade de Brasil e Japão estabelecer uma relação mais produtiva, eu diria, não apenas do ponto de vista comercial, mas do ponto de vista cultural, do ponto de vista político, do ponto de vista da ciência e tecnologia", disse.

A presença de Lula no G7 marca o retorno do Brasil, após 14 anos, à reunião do grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

É praxe que outros países sejam convidados. Nesta edição, foram oito nações convidadas (Índia, Indonésia, Austrália, Ilhas Cook, Comores, Coreia do Sul, Vietnã e Brasil).

A última participação de um presidente do Brasil no G7 foi em 2009, com o próprio Lula. O petista pretende abordar temas como combate à fome, preservação ambiental e guerra na Ucrânia. Um dos documentos que deve sair após a cúpula tratará dos impactos de guerra na segurança alimentar.

Lula tenta desde o início do terceiro mandato, em janeiro, colocar-se como um possível mediador de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Declarações do presidente, contudo, geraram críticas dos Estados Unidos por considerá-las pró-Rússia.

Lula passou a criticar de forma mais enfática a invasão russa do território ucraniano, enquanto se opõe ao fornecimento de armas pelos EUA e União Europeia à Ucrânia.

G7: Lula se reúne com o Primeiro-Ministro japonês

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Sessões de trabalho

A agenda de Lula durante a cúpula do G7 prevê três reuniões com os presidentes e primeiros-ministros dos demais países presentes:

  • Primeira sessão de trabalho: trabalhando Juntos para enfrentar múltiplas crises;
  • Segunda sessão de trabalho: esforços conjuntos para um planeta resiliente e sustentável;
  • Terceira sessão de trabalho: rumo a um mundo pacífico, estável e próspero.

Lula e os demais líderes devem fazer uma visita ao Parque Memorial da Paz de Hiroshima, dedicado às cerca de 166 mil pessoas que, segundo estimativas oficiais, morreram quando a cidade foi alvo da primeira bomba atômica usada em contexto de guerra, em 1945.

Lula também terá, à margem da cúpula, encontro com um grupo de empresários japoneses e representantes do banco de financiamento JBIC. Participarão representantes dos conglomerados Mitsui, NEC, Nippon Steel e Toyota.

Antes de embarcar de volta para o Brasil, Lula fará uma coletiva de imprensa na noite de domingo (horário de Brasília).

Agendas bilaterais

O governo brasileiro fechou uma série de reuniões separadas de Lula com outros chefes de Estado ou de governo que também estarão no G7. O Planalto confirmou até o momento sete audiências:

  • primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese
  • presidente da Indonésia, Joko Widodo
  • primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida
  • presidente da França, Emmanuel Macron
  • primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz
  • primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh
  • secretário-geral da ONU, António Guterres

O Itamaraty e auxiliares de Lula também trabalham com a possibilidade de reuniões com representantes dos governos da Índia e do Canadá. 

https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/05/19/em-hiroshima-para-participar-do-g7-lula-se-encontra-com-o-primeiro-ministro-do-japao.ghtml

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