TSE diz que contagem simultânea de votos já é possível após Bolsonaro insistir em apuração paralela

 

(Reuters) - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse em nota nesta segunda-feira que "a contagem simultânea de votos já é possível há várias eleições", após o presidente Jair Bolsonaro voltar a colocar em dúvida o processo eletrônico de votação em entrevista concedida mais cedo e insistir em uma totalização paralela dos votos pelas Forças Armadas, medida que o presidente afirmou ter sido rejeitada pelo tribunal.


O comunicado, embora não cite nominalmente, rebate alegações feitas reiteradamente por Bolsonaro favorável à realização de uma contagem paralela dos votos no dia das eleições. 

Bolsonaro tem dito falsamente que existe uma sala de contagem secreta que totaliza os votos do pleito.


No comunicado, o TSE informou que implementou novidades para o pleito, como a publicação dos Boletins de Urna (BU) tão logo recebidos após o encerramento da votação. 

O documento é impresso por cada uma das urnas eletrônicas logo após o término da votação e nele constam todos os votos depositados naquela urna eletrônica.


"Trata-se, portanto, de ferramenta que permitirá a qualquer pessoa ou instituição fazer contagem simultânea de votos.

 Para isso, é preciso ter acesso à internet, onde estarão disponibilizados os arquivos dos BUs das seções eleitorais. 

Tais arquivos correspondem efetivamente os resultados de cada seção eleitoral, disponibilizados em seu formato original.

 Isto é, sem processamento adicional, o que assegura a origem e a total integridade em relação aos dados emitidos pelas urnas eletrônicas", afirma a nota do TSE.


"Todas as medidas voltadas para garantir ainda mais transparência e segurança nas Eleições 2022 vêm sendo amplamente divulgadas pelo portal do TSE e pela imprensa, o que leva a crer que questionamentos sobre o assunto acontecem apenas por desconhecimento técnico ou por motivações políticas", disse o tribunal na nota.


Bolsonaro, que está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto para o pleito de outubro, tem repetido, sem apresentar provas, que houve fraude no primeiro turno da eleição de 2018 e que ele deveria ter vencido o pleito na primeira rodada de votação.


O presidente também tem repetido que a votação eletrônica não é auditável, o que não é verdade. Este ponto, inclusive, já foi reiteradamente esclarecido pelo TSE. 

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