Olavo de Carvalho chama Bolsonaro de 'inativo e covarde' e Escritor e guru do bolsonarismo também diz que derrubaria governo e acusou o presidente de não defendê-lo

O escritor Olavo de carvalho publicou um vídeo no sábado, 6, um dia antes das manifestações contrárias e a favor de Jair Bolsonaro previstas em algumas capitais do Brasil. 
Guro do bolsonarismo e dono de poder de influência nas decisões dos filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro, Carvalho chamou o presidente de “inativo” e “covarde” e se disse vítima de um massacre. 
“Há décadas os comunistas já tinham milícias anti-olavistas. O primeiro gabinete do ódio não foi nem contra o Bolsonaro, foi contra mim. Foi uma coisa monstruosa. O anti-olavismo é um fenômeno inédito no mundo. Nunca houve um massacre jornalístico e judiciário desse tamanho contra um pessoa. Nem contra líderes revolucionários nem contra narcotraficantes. Mas se você não processa esses caras, eles processam você e te acusam de fazer a mesma coisa que eles fizeram.” Ele citou o extinto Orkut como arena do suposto massacre que sofreu.
Sem citar nome, Carvalho falou de um caso específico: ele foi processado por Caetano Veloso, por ter acusado o cantor de pedofilia
A condenação também exigia que Carvalho deletasse o post em questão, o que não foi feito, e então precisa pagar uma multa de 2,8 milhões de reais
Olavo cobrou Bolsonaro: “E o que Bolsonaro fez para me defender? Bosta nenhuma
Aí vem com condecoraçãozinha. 
Enfia a condecoração no c*. 
Porque eu fui seu amigo, mas você nunca foi meu amigo. 
Quantos crimes contra o Olavo você investigou, seu Bolsonaro? Nenhum. Você nem se interessou.”
Depois, o escritor fala do presidente em tom de irritação: 
“Vê bandidos cometendo crimes em flagrante mas não faz nada contra. Esse pessoal não consegue derrubar seu governo? 
Continue inativo, continue covarde e eu derrubo essa merda desse seu governo, governo aconselhado por generais covardes ou vendidos”
O vídeo de Olavo virou o assunto mais comentado no Twitter. Muitos avaliam tratar-se de uma estratégia para atiçar as manifestações e causar mais confronto e polarização.
Neste domingo, 7, no entanto, o escritor, em sua conta no Facebook, colocou panos quentes na discussão: “Ainda estou do lado do Bolsonaro. Lutarei por ele com todas as minhas armas. Mas ele que não espere mais de mim palavras doces que só podem ajudá-lo a errar”.
Por João Batista Jr. - Atualizado em 7 jun 2020, 13h09 - Publicado em 7 jun 2020, 12h47

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