Vacina pode ficar pronta em alguns meses, diz diretor de laboratório chinês

O diretor da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, cuja parceria com o Instituto Butantan possibilitará o teste no Brasil de uma vacina contra o novo coronavírus a partir de julho, se mostrou até mais otimista que o governador João Doria, que disse esperar que o medicamento estará disponível até o fim do primeiro semestre de 2021.

Da CNN, em São Paulo
12 de junho de 2020 às 20:38
“Na verdade, nosso objetivo é antes disso [julho de 2021]”, afirmou Weining Meng em entrevista à CNN. “Parece que os testes clínicos poderão acontecer muito rapidamente no Brasil. E, em alguns meses, podemos finalizar isto”, completou.
Meng explicou que o objetivo da fase 3 do estudo é recolher dados suficientes para mostrar a segurança e a eficácia da vacina para que ela esteja pronta para receber a aprovação final dos órgãos sanitários dos dois países.
Ele no entanto, evitou dar uma data exata de quando isso deve acontecer. 
“É uma boa pergunta, mas difícil de responder porque também depende da situação da pandemia”, afirmou.
“Durante a fase 3, basicamente, precisamos determinar a eficiência da vacina, ou seja, se ela vai proteger contra a Covid-19. Isso significa que, depois da vacinação, temos que monitorar quantas pessoas ficaram, efetivamente, imunizadas. Isso depende da situação epidemiológica.”
Ele explicou que a Sinovac e o Instituto Butantan já tiveram contatos anteriores por fazerem parte da Developing Countries Vaccine Manufactures Network (DCVMN), uma iniciativa para vacinas para países em desenvolvimento.
E que, agora com a pandemia de Covid-19, encontraram as condições necessárias para uma parceria.
“Nosso diálogo com o [Instituto] Butantan é muito eficiente. (...) Tivemos várias reuniões importantes pelo Zoom, mesmo sendo muito cedo ou tarde no nosso horário, e as discussões foram muito rápidas”, disse o pesquisador.
Por fim, ele disse estar muito otimista com as perspectivas para a CoronaVac, considerando os dados das fases 1 e 2 dos testes, realizadas na China, e também dados de um estudo pré-clínico.
“Acho que essa colaboração é uma coisa boa para a população (...) O objetivo de fazer uma vacina é sempre proteger a população do mundo, não apenas para a China ou para o Brasil. Não achamos que deve haver fronteiras para as vacinas. As vacinas devem estar disponíveis para a população em todo o mundo”, destacou Meng.
“Esperamos que nosso esforço com nosso parceiro Butantan possa resolver esse problema o mais rápido possível e tornar essa vacina disponível o mais rápido possível.”


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