Indice de confiança da construção civil - Cenário fiscal e eleição deprimem expectativas da construção, diz FGV - Valor:

O índice de confiança da construção civil medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) teve uma pequena queda em abril, ante março, e com isso a média móvel trimestral do indicador voltou a ficar negativa após oito meses consecutivos no azul. 

As expectativas dos empresários têm sido mais voláteis por causa das incertezas com a eleição presidencial, os problemas fiscais do país e fatores como a discussão em torno da liberação do FGTS para empregados que pediram demissão. 

O índice de confiança ficou em 82 pontos em abril, ainda bem abaixo de 100, nível que separa otimismo do pessimismo.

De acordo com a sondagem divulgada hoje pela FGV, o Índice de Expectativas da construção caiu 0,5 ponto em abril. 

"Há uma instabilidade nas expectativas por causa de dois componentes, o cenário macro, fiscal, que afeta decisões de investimento, e questões setoriais, como essa do FGTS, que tem potencial para afetar o programa Minha Casa, Minha Vida", afirma Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos do Ibre-FGV.

Já o indicador de Situação Atual subiu 0,3 ponto em abril. 

"O ISA está devagar, mas tem avançado", comenta Ana, para quem, ao menos no mercado imobiliário, as perspectivas são positivas. "A sondagem mostra melhora nesse mercado e associações do setor como Secovi [de construção] e Abrainc [de incorporação] corroboram isso", afirma. 

Segundo ela, há uma melhora em especial no segmento de habitação de interesse social, que abrange o Minha Casa, Minha Vida.

Ana Castelo vê boa perspectiva no segmento habitacional por causa da queda dos juros para o financiamento imobiliário, em especial o anunciado pela Caixa. "Pode ser uma força no horizonte de médio prazo."

Já infraestrutura tem perspectivas menos animadoras. "O segmento de obras viárias, por exemplo, está muito instável, dependente de anúncios de leilões", diz a economista.

Neste sentido, é difícil prever para onde vai a confiança do setor nos próximos meses. "A questão fiscal foi jogada para o próximo governo. Há muitas incertezas." Esse ponto é importante para o setor por causa do seu efeito sobre os investimentos em infraestrutura.

A sondagem de abril mostrou melhora na parte da pesquisa que questiona quais são os fatores que limitam o avanço dos negócios. 

Apesar disso, os quesitos continuam a mostrar um setor em dificuldades. De abril de 2017 para mesmo mês deste ano, a proporção de empresas que respondeu que a demanda é insuficiente - principal problema - caiu de 56% para 50%.

A perspectiva para contratação de empregados nos próximos três meses melhorou. 

"Há uma mudança importante nesse quesito. Em dezembro de 2016, apenas 10% dos empresários diziam que contratariam nos próximos meses, 41% iriam diminuir. Em abril deste ano, 17% das empresas disseram que vão contratar, e 20,5% demitir", afirma Ana.

(Valor Online - Brasil - 25/04/2018)
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