Estado de São Paulo perdeu 17% das fábricas têxteis em cinco anos
O estado de São Paulo perdeu cerca de 17% das fábricas têxteis (de matérias-primas) e 13,3% das empresas de confecção (vestuário e cama, mesa e banho) entre os anos de 2012 e 2016, divulgaram hoje (3), em entrevista coletiva, os sindicatos patronais Sinditêxtil-SP e Sindivestuário.
Somente no Polo Têxtil da região de Americana (SP), a redução foi de quase 19% no número de empresas.
Segundo os sindicatos, o setor nacional teve redução de 10,9% no número de unidades fabris do setor.
Nesse mesmo período, São Paulo passou de 930 mil trabalhadores para cerca de 800 mil.
Somente a região metropolitana de São Paulo, maior polo confeccionista do Brasil, eliminou perto de 30 mil postos de trabalho entre 2012 e 2016.
Do total de trabalhadores do setor têxtil e de confecção, este último concentra 80,2% da mão de obra.
Participação nacional
O estado de São Paulo concentrava 27,5% das empresas têxteis e confeccionistas brasileiras em atividade em 2016.
Em termos de emprego, a representação é ainda maior, chegando a 31,6% dos trabalhadores do setor.
De acordo com os sindicatos, há liderança do estado tanto na participação do volume produzido quanto nos valores gerados.
Cerca de 40% da produção nacional de tecidos planos são feitos em São Paulo, assim como 22% da produção de fios fiados e 21% de malhas.
Nas confecções, o estado representa 22% dos artigos têxteis para o lar e 19% do vestuário em relação à produção nacional.
Em valores monetários, 39% é a representação paulista nas manufaturas e 20%, a dos produtos confeccionados em relação ao total nacional.
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira