Costa Neto será investigado em inquérito da Lava Jato Na lista determinada pelo ministro Edson Fachin constam nove ministros, 29 senadores e 42 deputados federais

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou abertura de investigação contra nove ministros do governo federal, três governadores, 29 senadores e 42 deputados federais.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
 Na lista, consta ainda um nome "forte" na região de Mogi das Cruzes, o do ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR), segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. 
Todos foram citados nos depoimentos de delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, também será investigado. 
Com a abertura da investigação, os processos devem seguir para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF), para que sejam cumpridas as primeiras diligências contra os citados. 
Ao longo da investigação, podem ser solicitadas quebras de sigilo telefônico e fiscal, além da oitiva dos próprios acusados. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de cartel e fraudes em licitações.
Fachin também determinou que 201 pedidos de investigação que envolvem pessoas que não tem foro privilegiado fossem remetidos para instâncias inferiores. Os locais ainda não foram divulgados. Sete pedidos de investigação foram arquivados.
A decisão do ministro foi assinada no dia 4 abril e estava prevista para ser divulgada após o feriado de Páscoa. No entanto, a divulgação foi antecipada depois de publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso às decisões.
As delações da Odebrecht foram homologadas em janeiro pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, após a morte do relator, Teori Zavascki, em acidente aéreo. Foram colhidos pela PGR 950 depoimentos de 77 delatores ligados à empreiteira.
Segundo investigações da força-tarefa da Lava Jato, a Odebrecht mantinha dentro de seu organograma um departamento oculto destinado somente ao pagamento de propinas, chamado Setor de Operações Estruturadas. 
Havia funcionários dedicados exclusivamente a processar os pagamentos, que eram autorizados diretamente pela cúpula da empresa.
Em março do ano passado, a Polícia Federal apreendeu na casa do ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior uma planilha na qual estão listados pagamentos a mais de 200 políticos.
Os esquemas ilícitos da empresa vão além da fronteira brasileira. 
A Odebrecht é investigada pelo menos em mais três países da América Latina: Peru, Venezuela e Equador. 
Em um acordo de leniência firmado com os Estados Unidos no final de dezembro, a empresa admitiu o pagamento de 
R$ 3,3 bilhões em propinas para funcionários de governos de 12 países.
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