O ministro do STF liberou para a Polícia Federal a relação de entrada e saída da residência oficial de Michel Temer no dia 28 de maio de 2014, data em que delatores da Odebrecht dizem ter entrado no local para acertar a propina de R$ 10 milhões ao PMDB.

A pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Edson Fachin autorizou a Polícia Federal a ter acesso a informações de quem entrou e saiu da residência oficial de Michel Temer no dia 28 de maio de 2014, data em que delatores da Odebrecht dizem ter entrado no local para acertar a propina de R$ 10 milhões ao PMDB.
O governo nunca negou que esses encontros aconteceram. Mas o próprio Temer tem dito que nunca fez "negócios escusos" com ninguém. Em sua delação, Marcelo Odebrecht chega a afirmar que entre o café e a sobremesa, Temer saiu da mesa quando houve a negociação com o hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre o pagamento da bolada de milhões. Mas tem delator dizendo que o acerto foi feito também diretamente com Michel Temer.
Além desse pedido, os investigadores querem ter acesso ao controle de entrada e saída da Secretaria de Aviação Civil, em 2014. Na época, outro ministro de Temer, Moreira Franco, que era ministro de Dilma, teria usado sua influência para obter R$ 4 milhões.
A Odebrecht tinha interesse nas concessões de aeroportos. Por isso, os investigadores querem ter acesso também a um levantamento das obras da empreiteira pagas pela Secretaria de Aviação Civil.
Basília Rodrigues

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