Poá - Gian lopes enfrenta a crise e garante ações Prefeito enalteceu iniciativas e projetos, apesar do momento do País e da queda na arrecadação com tributos em Poá

Apesar da crise financeira e da queda na arrecadação de receitas, o prefeito de Poá, Gian Lopes (PR), fez um balanço positivo dos cem primeiros dias à frente da administração da cidade.
O republicano adiantou alguns investimentos e propostas novas para a Saúde do município, como a possibilidade de usar o prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para a implantação de um Pró-Mulher e um Pró-Criança. A unidade está em fase de construção, em Calmon Viana.
Outra novidade são as obras do Balnerário, que já têm prazo para conclusão e podem ser entregues até 2019, junto com o Parque das Águas. A proposta é fomentar o turismo para que Poá não venha a perder o título de Estância Hidromineral.
Diário do Alto Tietê: Qual é o balanço que o senhor faz desses cem primeiros dias e quais foram os principais desafios?
Gian Lopes: A principal dificuldade foi a questão financeira, ao me deparar com milhões em dívidas. Mas estamos fazendo muito com pouco. Em cem dias é impossível resolver o problema da Saúde, Educação, Segurança e todos os segmentos, mas já avançamos muito. Estou otimista, apesar dessa crise econômica. Estamos buscando alternativas nos governos federal e estadual.
Dat: Quais foram suas principais ações?
Gian Lopes: Entregamos os uniformes no início do ano letivo. Também criamos um programa chamado "Poá Mais Bela", com tapa-buracos, revitalização das praças e dos bairros, dando uma cara melhor para a cidade, dentre outros programas. Avançamos na investigação social para que possamos aumentar o efetivo da Guarda Civil Municipal, investindo nos consertos das câmeras de monitoramento, pois temos 74 equipamentos, mas apenas dez em funcionamento. Avançamos na regularização fundiária com a entrega de 34 escrituras. No combate a enchente fizemos toda a manutenção da cidade, como as galerias e bocas de lobo e estamos limpando córregos. Retomamos as obras do piscinão e queremos entregar neste ano.
Dat: O senhor comentou que a questão financeira tem sido um grande obstáculo.
Lopes: Já fizemos o principal que era regularizar o repasse ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Demos uma entrada e parcelamos o restante para garantir o direito do trabalhador.
Dat: Qual será a obra "carro-chefe" de sua gestão?
Lopes: Teremos projetos de grande importância para o ano que vem, até 2019, como obras de muita relevância para o desenvolvimento de Poá. Estamos com um apoio muito grande do deputado federal Márcio Alvino (PR). Estive em Brasília na semana passada em uma reunião que foi muito produtiva com o ministro das Cidades. Fiquei muito satisfeito.  O deputado André do Prado (PR) também tem nos ajudado muito no governo estadual. Dentro de poucos dias vamos retomar a obra do Balneário.
Dat: Já tem prazo?
Lopes: Acredito que a obra será reiniciada nos próximos 30 dias. Ainda não tenho o número exato do investimento, mas estamos trabalhando junto com o governo do Estado, que liberou em torno de R$ 4 milhões. Entre 2018 e 2019 o Balneário estará pronto.
Dat: O Parque das Águas será um complemento do Balneário?
Lopes: É um projeto à parte, mas é um projeto próximo. Ou seja, um complemento turístico ao lado do Balneário. Está em fase de aprovação na Secretaria de Estado de Turismo. Estamos pedindo para o Estado R$ 6,8 milhões.
Dat: Você acredita que Poá possa vir a perder o título de Estância Hidromineral?
Lopes: Vamos avançar para que isso não aconteça, mas temos a preocupação, porque outros gestores não investiram no turismo. O Parque das Águas e o Balneário vão incentivar o turismo. Temos até 2019 para apresentarmos a cidade em condições de receber investimentos para o setor.
Dat: Sobre o Sesi, o que tem feito para manter a escola na cidade?
Lopes: Estamos avançando. Estive no cartório para ver a documentação da área que pretendemos oferecer porque queremos e vamos pedir para que o Sesi fique em Poá. Se sair, será uma perda muito grande, pois está em Poá há mais de 50 anos. Dia 13 de abril temos uma reunião com o deputado André do Prado e com o presidente do Sesi. Faremos um apelo para que a instituição fique. Nós vamos entregar o terreno documentado para a construção da unidade.
Dat: Poá terá um polo industrial?
Lopes: Estamos trabalhando junto com o secretário (de Indústria e Comércio) Ricardo Massa para trazer e incentivar o comércio e empresas se instalarem em Poá e gerar receita. Investir no turismo é um dos pontos que também gera arrecadação e é nossa preocupação no momento.
Dat: E quais são os projetos futuros para Saúde com a entrega da UPA?
Lopes: Estamos averiguando e pedindo para o governo do Estado avaliar a possibilidade de fazer um Pró-Criança e um Pró-Mulher na própria estrutura da UPA. Usaríamos o espaço da UPA e pediremos para que o governo federal nos ceda o prédio. A propostas apresentada ao governo federal será de devolvermos os recursos em parcelas para que possamos usar o prédio. Essa é a forma mais rápida de fazer essas unidades.
Dat: Quais são os investimentos realizados na segurança?
Lopes: Estou fazendo o projeto do CSI, que é a Central de Segurança Integrada, na região central. Tentamos recuperar as câmeras e equipamentos. Tem tido resultado. Este foi um mês mais calmo, mas vamos continuar intensificando. A secretaria de Segurança está utilizando a GCM, fazendo barreiras e abordagens em pontos estratégicos.
Dat: E como está a arrecadação?
Lopes: Nós faturamos no mês de janeiro R$ 41 milhões. Em fevereiro R$ 29 milhões. Ou seja, já houve uma queda de R$ 12 milhões. Isso nos preocupa. A saída do Banco Safra também vai prejudicar a economia da cidade -
Foto: Erick Paiatto
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Safra encerra atividade e Poá pode perder até R$ 10 milhões

Instituição alegou que pretende fazer um remanejamento de funcionários e com isso economizar em unidades

Poá deve perder até 
R$ 10 milhões de receita com o encerramento das atividades de uma unidade administrativa do Grupo Safra, instalada em um prédio alugado na avenida Brasil, em Calmon Viana. A empresa fica na cidade até junho, segundo informou o prefeito Gian Lopes (PR), ontem, durante entrevista sobre o balanço de 100 dias de gestão.
O Grupo Safra informou que, por não se tratar de uma agência bancária do Grupo, não será necessária a transferência de contas, pois trata-se de uma unidade administrativa, voltada para cuidar de operações específicas de leasing do banco, portanto não há correntistas. Segundo a instituição, os funcionários serão realocados para outras agências. A instituição financeira não revelou qual é o motivo do encerramento das atividades em Poá, disse apenas que trata-se de uma decisão administrativa.
O prefeito destacou que a saída da unidade será uma grande perda para o município. "Ficamos muito tristes, porque o banco Safra está passando por um momento difícil, e hoje ele tem o leasing aqui na cidade que fica só até junho. Conversamos com o presidente do Safra. Todos os bancos estão parando e o Safra não é diferente".
O prefeito lamentou a saída da unidade do município e ressaltou as consequências que os cofres públicos terão com a medida. "Em junho eles encerram as atividades e Poá terá essa perda. Perderemos receita com esse término da atividade", avaliou. "Só no ano passado, o Safra passou quase R$ 10 milhões para o município em impostos. E esse ano não seria diferente".
Lopes disse acreditar que a instabilidade econômica do País foi o que levou a empresa a adotar essa medida. "Esse é um momento de crise e Poá está com essa dificuldade inesperada. Não significa que a cidade não contemplou, é que o próprio banco está deixando de fazer essa atividade", argumentou.
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