CPTM perde 3,1 milhão de passageiros nas linhas 11 e 12 Procura por Bilhete do Desempregado cresceu 31% no período Queda pode ser atribuída à crise e ao desemprego.

 

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano com informações da TV Diário
O número de passageiros que usa o transporte público vem caindo.

É que se não tem emprego, não há necessidade de pegar ônibus ou trem, todos os dias.

É o que mostra os dados da CPTM, que perdeu nas linhas 11-Coral e 12-Safira, 3,1 milhão de passageiros entre janeiro e maio deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado.

Cerca de 3.600 pessoas perderam o emprego nos cinco primeiros meses do ano em todo o Alto Tietê. 

Isso significa que vinte e quatro pessoas foram demitidas por dia entre os meses de janeiro a maio. 

Reflexos de uma recessão econômica que vem judiando dos brasileiros e que já foi comparada, por alguns economistas, com a pior das crises: a de 1929.

“Muita gente sendo demitida, recebendo Seguro Desemprego. Está complicado” disse o bancário Benevides Ribeiro.

O desemprego gera consequências em uma economia com menos postos de trabalho. Um dos reflexos está no setor de transporte coletivo. 

Os trens das linhas 11- Coral e 12-Safira, da CPTM, por exemplo, transportaram de janeiro a maio deste ano, comparando com os mesmos meses de 2015, cerca de 3.150.000 pessoas a menos.

Gente que perdeu o emprego e por isso não precisa mais andar de trem todos os dias.

Foi o que aconteceu com o vendedor Marconi Nascimento. Antes de perder o emprego ele ia pra Mogi das Cruzes de trem todos os dias.

Agora usa o transporte umas duas vezes na semana pra procurar trabalho. “Tem que pedir dinheiro emprestado para poder ir atrás de trabalho. Minha rotina diminuiu bastante”.

O que  aumentou nos últimos meses foram os pedidos do Bilhete do Desempregado. Uma isenção que a CPTM dá por 90 dias pra quem perdeu o emprego.

E esse número de solicitações cresceu 31% de janeiro a maio deste ano, comparando com o mesmo período de 2015.  Neste ano, já foram registradas 19.749 solicitações. No mesmo período do ano passado, 15.025.

Só as linhas que atendem o Alto Tietê foram responsáveis, este ano, por 9.125 passagens para desempregados. E pra quem anda de ônibus a situação não é muito diferente.
Esta empresa de ônibus atua em três cidades do Alto Tietê.

Segundo o coordenador operacional, Alexandre Parizi,comparando os meses de janeiro a maio de 2016 com o mesmo período de 2015 houve uma queda de quase 7% no número de pessoas transportadas. “Podemos atribuir uma boa parte a questão do desemprego.

O empregador a nível de investimento, contrata menor. O empregado não consegue arrumar ou posto rapidamente”, disse
Reflexos de uma economia que parou.

De um país que hoje possui cerca de 11 milhões de desempregados. Mas que também tem gente que sempre acredita.

Que não deixa de confiar que a vida vai melhorar. “Não era difícil assim. Hoje não sobre dinheiro pra nada”, disse Maria Helena Machado.

Sobre o Bilhete do Desempregado da CPTM, o benefício só vale para quem perdeu o emprego há no mínimo um mês e no máximo 180 dias, desde que a pessoa tenha registro em carteira de pelo menos 6 meses contínuos de trabalho.

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