Passo a passo do rito de impeachment Saiba como funciona o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Decisão envolve Congresso e Supremo Tribunal Federal.
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido de Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal.
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Partidos indicaram representantes para a Comissão Especial do
Impeachment, e os nomes passaram pelo crivo do Plenário, em votação
aberta.
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Dilma Rousseff foi notificada e tem dez sessões para apresentar a defesa. O prazo vence no dia 04/04/2016.
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Por acordo entre a maioria dos partidos, Rogério Rosso, do PSD, foi
eleito presidente da Comissão do Impeachment, e Jovair Arantes, do PTB,
relator do processo. São, ao todo, 65 titulares.
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Após receber a defesa da presidente, a comissão tem no máximo cinco
sessões para concluir os trabalhos - apresentar e votar o relatório. A
votação do parecer deve ocorrer até o dia 11/04/2016.
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A publicação do parecer sobre o impeachment deve ocorrer no dia 12/04/2016.
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Na Comissão, o relatório é aprovado por maioria simples (metade mais
um dos presentes - desde que seja atingido o quórum mínimo de 33
deputados).
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Qualquer que seja o resultado, o parecer segue para apreciação do
Plenário da Câmara, após 48 horas. A votação é pelo processo de chamada
nominal de deputados. A abertura do impeachment será aprovada se tiver
apoio de pelo menos 342 deputados, dois terços da Câmara. A votação no
plenário da Câmara está prevista para começar no dia 14/04/2016. A estimativa do presidente da casa é de que dure três dias, terminando em 06/04/2016.
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O caso segue para o Senado, onde uma comissão e depois o Plenário
vão analisar a denúncia. Não há prazos definidos ainda para esta etapa.
Com base no que ocorreu em 1992 e na Lei do Impeachment, parlamentares
estimam a votação em plenário da abertura do processo entre 10 e 15 dias
a partir do recebimento do processo pelo Senado.
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A presidente é afastada do cargo se os senadores, por maioria
simples, confirmarem a abertura do processo político. Assume o vice,
Michel Temer.
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O Senado terá então mais 180 dias para julgar a presidente por crime
de responsabilidade. Se dentro desse prazo não houver decisão, o
processo é arquivado. Ela será condenada se houver voto de pelo menos
dois terços da Casa, o que corresponde a 54 senadores. A sessão será
presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.
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