Lula minimiza desembarque do PMDB e diz que vai tentar 'coalizão' com sigla
O petista disse que vê com "muita tristeza" a possibilidade de o PMDB deixar a atual gestão federal, mas relativizou o impacto dessa possibilidade, dizendo que é possível "haver uma espécie de coalizão", sem a concordância das pessoas da direção, evidenciando a possibilidade de tentar buscar apoio na base da sigla.
A previsão é de que seu voo saia às 16 horas.
Ele irá acompanhado do presidente do PT, Rui Falcão. "Vou para Brasília conversar com muita gente do PMDB", disse o presidente, segundo jornalistas que participaram da entrevista, destacando que pretende conversar também com o vice-presidente da República, Michel Temer.
Ainda segundo esses jornalistas, o ex-presidente disse conhecer "bem" o PMDB e falou que haveria uma espécie de reedição de 2003, quando este partido integrou sua gestão na Presidência da República.
Lula lembrou que o PMDB tem autonomia regional, destacando "a gente nunca teve todo o PMDB".
'Mosca azul'. Em coletiva à imprensa internacional, nesta manhã, o ex-presidente Lula disse que o juiz Sérgio Moro é uma pessoa "inteligente e competente", mas "foi picado pela mosca azul".
O petista disse que não está longe o dia em que irão pedir desculpas a ele, segundo relato de jornalistas que participaram da entrevista.
Ao comentar a divulgação dos áudios dos grampos, Lula classificou de "deprimente, pobre e de má-fé".
Sobre as manifestações contrárias ao governo, o ex-presidente falou que pessoas que "enchem pixuleco" nunca votaram no PT e acusou a mídia de estar levando o Brasil a um clima semelhante ao da Venezuela.
Na avaliação de Lula, segundo informações dos jornalistas estrangeiros, os pobres poderão ser os salvadores da pátria.
Lula disse também, a exemplo do que afirmou a presidente Dilma Rousseff para a imprensa internacional, na semana passada, que impeachment sem base legal é golpe.
"É importante não brincar com a democracia".
Segundo o petista, estão usando "falsos argumentos" para encurtar o mandato de Dilma.