Em carta, CNBB propõe repúdio à violência em manifestações políticas Entidade da Igreja Católica também pediu solução pacífica para a crise. Manifesto foi assinado em conjunto com Ministério da Justiça, MPF e IAB

 

Renan Ramalho 
Do G1, em Brasília

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta sexta-feira (1º), em conjunto com o Ministério da Justiça, Ministério Público Federal e Instituto dos Advogados do Brasil (IAB), uma carta na qual propõe o repúdio a qualquer forma de violência nas manifestações que têm sido organizadas para defender o governo e para criticar a gestão Dilma Rousseff.

No documento, as entidades conclamam a população, as comunidades, os partidos políticos e as entidades da sociedade civil organizada a fazerem a sua parte para buscar "soluções pacíficas" para a crise política.


O lançamento do manifesto foi realizado pelo secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. 

O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, o procurador da República Aurélio Veiga dos Rios e o advogado Técio Lins e Silva acompanharam a cerimônia.

“Gostaríamos de despertar a sociedade para a capacidade do diálogo, não ter medo das diferenças, mas respeitá-las. Não sermos intolerantes politicamente”, defendeu Dom Leonardo Ulrich Steiner.

O dirigente da CNBB disse não ter notado violência nas manifestações, mas nas “palavras”. “A palavra é que está, às vezes, ferindo. Nós podemos dizer as mesmas coisas sem agressão”, enfatizou.
Questionado se era a favor ou contra o impeachment, Dom Leonardo Steiner disse que a CNBB “nunca vai se pronunciar a favor ou contra”.

“A Constituição diz do impedimento, prevê o impedimento, no sentido de que ninguém pode ser contra o impedimento.

 O que é preciso verificar é se o motivo que está dando para o impedimento, se ele tem fundamento ou não. Nesse sentido, eu não sou a pessoa indicada para dizer sim ou não”, afirmou a jornalistas.

Eleições 2018
Em entrevista coletiva concedida ao final da solenidade, o ministro da Justiça criticou o que ele classificou de “pessoas interessadas no quanto pior melhor”. Sem mencionar nomes, Eugênio Aragão ressaltou que essas pessoas deixam o país "com dificuldade de manter a qualidade de sua governança” e a “economia em suspenso, na insegurança”.


“Essas eleições de 2014, nós sabemos, elas acabaram depois de uma campanha em tom muito acima da média das campanhas dos últimos anos. 

Acabaram por resultado em que os que venceram e os que foram derrotados estavam com pequena relativa distância um do outro e isso levou muita gente a achar que estava legitimado para trabalhar contra o resultado das eleições. E isso não é bom. 

Teremos outras eleições, vamos ter eleição em 2018”, destacou o titular da Justiça.

“É importante para a democracia que haja revezamento de poder. Mas esse revezamento só é possível de forma tranquila se todos enxerguemos no outro alguém legitimado também”, completou.

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