Pais de família desempregados obrigam filhos a entrarem no mercado de trabalho.

Famílias sofrem com dificuldade de encontrar emprego

No final de 2015, 9,1 milhões de pessoas estavam procurando emprego.

O desemprego está subindo para todo o conjunto da população, mas tem um grupo de brasileiros que está sofrendo ainda mais pra conseguir uma vaga no mercado de trabalho.

Ana Cláudia da Silva, dois anos cuidando da família, agora procura emprego: “Fiquei fazendo só bicos, até aparecer realmente um fixo pra mim”.

Ladislau Luciano, técnico em óleo e gás, pai de família desempregado: “É um sentimento de vazio, de impossibilidade, é tão ruim que é indefinido”.

Essas são algumas das faces do desemprego, mas tem um grupo que está sofrendo bastante sem nem ter tido a primeira chance.

É como estar no sufoco de uma contramão, com muita gente saindo quando você precisa entrar.

 Cerca de 9,1 milhões de pessoas estavam procurando emprego no final de 2015, 2,6 milhões a mais do que o último trimestre de 2014 - um número que só está aumentando.

Pais de família que estão perdendo o emprego obrigam os filhos, os jovens, a entrarem no mercado de trabalho até antes do previsto.

“Ele fica com a carreira inteira prejudicada pela frente por não poder ter a experiência prática que é necessária pra conseguir aumentar o salário e subir na vida”, explica o especialista em mercado de trabalho do Insper, Naércio Menezes.

É o medo do Alecsandro Vicente. Ele e a mulher estão fazendo bicos na zona rural, mas o sonho é usar o diploma que ele ralou pra conseguir: 

 “Tenho um curso no Senai também, de soldador. Era a profissão que eu queria seguir. Mas, como não acha... Então a gente vai indo. 

Vai procurando, procurando, até encontrar alguma coisa”.

 Ele e muita gente.