Mamoru fecha PS por 15 dias após demissões de médicos


  Na véspera do feriado, prefeitura justifica medida à falta de profissionais e vencimento de contrato de médicos
Bras Santos
De Itaquá
Mayara de Paula

Pessoas que chegavam ao local eram orientadas a procurar atendimento no Hospital Santa Marcelina
A Prefeitura de Itaquaquecetuba decidiu fechar no início da noite de ontem o Pronto-Socorro Municipal, cujas novas instalações foram inauguradas no final do ano passado e atendiam cerca de 800 pacientes por dia. 

De acordo com a assessoria do prefeito Mamoru Nakashima (PTN), a medida foi por causa da demissão de médicos e diversos problemas técnicos e administrativos, e só será reaberta em 15 dias, ou até o final deste mês, com uma nova equipe médica e de enfermeiros.
Os profissionais que trabalhavam no local até ontem à tarde serão transferidos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), gerenciadas pela prefeitura. Os novos médicos serão contratados emergencialmente e deverão receber um salário maior do que os profissionais que trabalharam no PS até ontem à tarde.

Antes de a prefeitura confirmar o fechamento provisório do estabelecimento, o Conselho Municipal de Saúde votou a favor da suspensão dos serviços. Quem chegasse à porta do PS depois das 18 horas seria atendido por funcionários do setor administrativo. Essa equipe da Secretaria de Saúde, segundo a assessoria do prefeito, encaminharia os pacientes para o Hospital Santa Marcelina, em Itaquá, ou para outras cidades do Alto Tietê.

Problemas
Em nota, a Prefeitura de Itaquá informou os motivos que levaram o Conselho de Saúde e o prefeito a decidir pelo fechamento do Pronto-Socorro, que teria pego de surpresa os médicos e funcionários da unidade, além dos pacientes que procuraram o local no final da tarde de ontem.
"Falta pessoal técnico e médicos para garantir a segurança da população, além do fato de vários doutores terem sido contratados pelo regime celetista, em caráter temporário, numa situação que se arrasta há anos, e vários desses contratos ou já venceram ou estão para vencer", diz a nota.


Confusão
Um médico e dois funcionários do PS que conversaram com o DAT sob a condição de anonimato, questionaram a decisão do prefeito de fechar a unidade na véspera de um feriado prolongado e sem avisar os pacientes com antecedência.
"Desde o início do ano, o Pronto-Socorro está sendo alvo de um processo de desmoralização, pois o objetivo da prefeitura é terceirizar os serviços no PS", comentou o médico.
A assessoria do prefeito garantiu que, em um primeiro momento, será feita a contratação imediata de médicos para reabrir rapidamente o PS, mas não descartou que uma Organização Social seja contratada (no futuro) por meio de concorrência pública.  

Dat

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