Mogi - Construção de viadutos é suspensa - Crise no PR - Mais de 200 procedimentos licitatórios foram

Cleber Lazo
Da Reportagem Local - Mogi news

A construção dos viadutos de Jundiapeba e da Vila Industrial em Mogi das Cruzes foi suspensa pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão do Ministério dos Transportes, após determinação da presidente Dilma Rousseff (PT). 


A paralisação ocorrerá, inicialmente, até 4 de agosto. 
O período foi estabelecido para que todo o processo de licitação seja analisado. 
O edital que determina o congelamento foi publicado no Diário Oficial da União em 7 de julho. 



Além das transposições sobre a linha férrea em Mogi, mais de 200 procedimentos licitatórios de "projetos, obras, serviço de engenharia em curso, e aditivos com impacto financeiros" de todo o Brasil foram paralisados e alguns chegaram a ser revogados.


Em maio, em evento com pompas,
Boy garantiu a construção dos viadutos.
 Escândalo derrubou ministro do PR e obra para Mogi
 O período de suspensão ou revisão de licitações é compreendido entre 2002 e 2011.

A medida foi adotada após a revista Veja divulgar que o Partido Republicano (PR), comandado pelo deputado federal mogiano Valdemar Costa Neto, o Boy, que detém o controle do Ministério dos Transportes, inflacionava o preço das obras realizadas pelo Dnit para cobrar propina de 4% das empresas prestadoras de serviço.

A reportagem revelou que o dinheiro da corrupção era destinado aos cofres da diretiva nacional do PR, que repassava aos diretórios estaduais.



 O esquema funcionaria desde o governo Lula. 
A verba chegou a ajudar a legenda nas eleições do ano passado. 
O escândalo teve como consequência a demissão do então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e de diretores do Dnit. 



O diretor-geral do departamento, Luiz Antonio Pagot, responsável pelas licitações dos viadutos de Mogi, que, inclusive, já visitou a cidade, pediu férias até agosto, mas quando voltar deverá seguir o mesmo caminho dos colegas.

Na edição de sábado passado, o Mogi News já havia alertado que a crise no Dnit poderia travar os viadutos, uma vez que o custeio das desapropriações havia sido prometido por Pagot.

O grande entrave estaria nas desapropriações. 

O recurso para as 57 famílias mogianas, estimado em R$ 15 milhões, ainda não está liberado.
O dinheiro foi prometido pelo diretor-geral e por Valdemar Costa Neto.
O processo de desapropriações vinha sendo realizado por Pagot, em Brasília. Em entrevista ao Mogi News em 21 de junho, Boy chegou a garantir o início das obras para 28 de junho. 


No dia 7 de julho, a Assessoria de Imprensa do próprio Ministério havia garantido que não haveria nenhum prejuízo ao investimento de R$ 48 milhões gastos para a construção das transposições. 


A Prefeitura de Mogi também chegou a divulgar na semana passada que "como o contrato da obra já havia sido assinado e o depósito dos R$ 48 milhões já realizado pelo consórcio SPA-Tejofran-Convap, vencedor do processo licitatório, os trabalhos poderiam seguir normalmente".



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