Alto Tietê - Mais de 62 mil estão inadimplentes na região

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Facilidade de compra contribui para aumentar contingente de endividados. 
Desestabilização ocorre quando 30% da renda são gastos com dívidas


Laíla Kamegasawa
Da Reportagem Local
Divulgação

Consumidores devem pensar muito antes de assumir prestações e verificar o impacto no orçamento


O número de devedores no Alto Tietê já ultrapassou 62 mil pessoas no primeiro semestre deste ano. 


O dado comprova o crescimento da inadimplência na região, que só atinge este nível quando o consumidor compromete 30% de sua renda em pagamentos de dívidas. 


O problema de superendividamento tem atingido principalmente as classes C, D e E. A consequência disso deve-se à facilidade de compra nos dias atuais.


Um dos principais itens para não se endividar é ter um objetivo, ou seja, fazer compra de algo que poderá ser usufruído no futuro, diferentemente do abuso excessivo do cartão de crédito ou cheque especial, por exemplo.


"Estes itens não devem ser vistos como uma extensão de renda", afirmou Isidoro Dori Boucalt Netto, diretor da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Mogi.


Para não se afundar em dívidas, as pessoas devem aprender a se controlar na hora de gastar. 


Além disso, as compras devem ser feitas sempre à vista e com desconto. Outra dica é pensar antes de assumir prestações e verificar se isso vai caber em seu orçamento.


O coordenador do Procon de Ferraz de Vasconcelos, David Andrade Macedo, afirma que o problema deixa as pessoas em uma situação difícil. 


Para quem já possui dívidas, a principal dica é equacionar, de acordo com Macedo. 


"O ideal é que a pessoa saiba proporcionar as dívidas que já possui e ver quais são as contas mais importantes que devem ser pagas, ou seja, a prioridade é as dívidas maiores, além de tentar não fazer mais nenhuma. 


Outro ponto é sempre fazer os pagamentos das próximas aquisições à vista, como as compras menores", explicou.


Outra forma, segundo ele, é a negociação.


 "Quando há a quebra de contratos, a pessoa endividada deve procurar a melhor forma de pagamento para ela e negociar esta situação, já que o interessante para a instituição é receber a quantia o mais rápido possível.


Contudo, é importante lembrar que cada caso deve ser estudado de forma diferenciada", afirmou o coordenador.


Apesar disso, o coordenador esclarece que a negociação só poderá ser feita caso o indivíduo não esteja inadimplente.


 "Se a pessoa está com mais de 30% de sua renda comprometida, a empresa não vai querer negociar", disse.


Além disso, Macedo ressalta que, se a pessoa não souber como se organizar com as dívidas, o Procon deve ser procurado. 


"Nós atendemos não só para reclamações de produtos, mas também para dar orientações deste tipo".

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