SABRINA PACCA
Um grupo de 50 pessoas, entre professores e estudantes da Escola Técnica (Etec) Presidente Vargas, de Mogi das Cruzes, estiveram ontem na Câmara Municipal para solicitar aos vereadores que fizessem uma moção de repúdio à manifestação do Governo do Estado contra o movimento grevista iniciado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), no último dia 13.
Na Cidade, não houve adesão à paralisação, mas os educadores pedem providências com relação ao reajuste dos salários. Eles querem 50% de aumento.
Os participantes do protesto saíram a pé da escola e se dirigiram à Câmara para assistir à sessão. Não ouve confusão, mas a Polícia Militar acompanhou os manifestantes por precaução.
Na última sexta-feira, o governo estadual encaminhou nota à imprensa dizendo que "repudia o movimento grevista, uma iniciativa claramente política, patrocinada pelo sindicato no momento em que o Governo demonstra seu compromisso com a valorização do ensino técnico e tecnológico".
Disse, ainda, que "anunciou um reajuste de 11%, feito já nos primeiros meses do primeiro ano de governo".
Segundo o diretor regional do Sinteps do Alto Tietê, Luiz Carlos Soares, o que o governador propôs não foi aceito.
"Por isso estamos aqui na Câmara, para pedir ajuda dos vereadores, novamente, no sentido de encaminharem uma moção ao governador, repudiando também a posição do Estado", explicou o diretor.
No entanto, na semana passada, os legisladores já aprovaram uma moção, de autoria do vereador Chico Bezerra (PSB), de apoio à greve dos profissionais do Ensino Técnico do Estado de São Paulo, pois, segundo o documento, estes professores têm passado por um "arrocho salarial" desde 2006. "Por enquanto, não vamos fazer nova moção, mas estamos do lado dos educadores", disse Bezerra.
