Banco Central aumenta estimativa de alta do PIB para 2,9% em 2023


Fábio Matos

28/09/2023 08:26, atualizado 28/09/2023 08:31

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Imagem colorida de uma moeda de real em um quadro. Abaixo dela, forma-se a sigla "PIB", referente a Produto Interno Bruto - Metrópoles

O Banco Central (BC) elevou sua projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira (28/9) pela autoridade monetária.

De acordo com o BC, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encerrar este ano com alta de 2,9%, ante 2% da última estimativa.

A revisão decorre da elevada surpresa positiva no segundo trimestre e, em menor medida, de previsões ligeiramente mais favoráveis para a evolução da indústria, de serviços e do consumo das famílias no segundo semestre”, diz o relatório do BC.

A nova estimativa da autoridade monetária está em linha com as projeções do mercado financeiro. Segundo a última edição do Relatório Focus, divulgada no início da semana, o PIB do país deve ter crescimento de 2,92% em 2023.

Para 2024, o BC estima que a economia brasileira deve avançar 1,8%.

Inflação

O relatório do BC também divulgou projeções sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.

De acordo com a autoridade monetária, a inflação terminará 2023 em 5%, mesma projeção do último relatório.

“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, o aumento da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2023, que passou de cerca de 61% no relatório anterior [divulgado em junho] para 67% neste relatório”, diz o BC.

Para 2024, a instituição espera que a inflação fique em 3,5% (ante 3,4% da estimativa anterior). Para 2035, a estimativa permaneceu estável em 3,1%.

Para 2024, a projeção do BC para o IPCA subiu de 3,4%, em junho, para 3,5% no documento divulgado hoje. A meta de inflação do próximo ano é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024, 2025 e 2026, a meta é de 3%.

Segundo o Relatório Focus, a inflação no Brasil deve terminar este ano em 4,86%. 

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