Após atrito entre os países, Mourão defende relação comercial Brasil-China

 Por Jovem Pan

Defesa vem na esteira dos últimos desentendimentos causados por acusações feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro contra governo chinês.

O vice-presidente Hamilton Mourão participou nesta quinta-feira, 26, de evento virtual do Conselho Empresarial Brasil-China e defendeu a relação entre os países. 

A defesa vem na esteira dos últimos atritos entre Brasil e China, causados por acusações feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, de que o governo chinês espionaria outros países por meio de sua rede de tecnologia 5G. 

Já no início de sua fala, Mourão exaltou Pequim como o “maior parceiro comercial” do Brasil na atualidade. O general afirmou que “poucos parceiros internacionais contam com capacidade, recursos tecnológicos e financeiros como a China” para aliar desenvolvimento e sustentabilidade. 

“O governo chinês identifica com clareza a nova dinâmica da economia mundial e alia o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental”, elogiou. 

“A China é nosso maior parceiro comercial há uma década. A crise mundial gerada pela pandemia da Covid-19 não alterou esse quadro. Ao contrário, as autoridades chinesas estimam que a importação de produtos brasileiros baterá recorde neste ano de 2020″, garantiu Mourão. 

O general também pediu para que os diferentes setores do governo brasileiro atuem de maneira ordenada em seu engajamento com o governo chinês, comunicando as prioridades brasileiras com “clareza” e “objetividade”.

 Ele afirmou que foi a relação com a China que ajudou o agronegócio brasileiro a atingir patamares “incomparáveis” de produtividade e tecnologia.

 “Precisamos agora lançar o olhar para o futuro para ampliar e diversificar relações existentes, criando oportunidades para outros setores da nossa economia e da nossa sociedade”, disse sem citar a tecnologia 5G. 

Sobre as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro, a embaixada da China no Brasil diz que “além de desrespeitarem os fatos da cooperação sino-brasileira e do mútuo benefício que ela propicia, solapam a atmosfera amistosa entre os dois países e prejudicam a imagem do Brasil”.

 “Instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e a amizade sino-brasileira, e evitar ir longe demais no caminho equivocado, tendo em vista os interesses de ambos os povos e a tendência geral da parceria bilateral. 

Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”, afirma a nota. 

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