Militar israelense afirma que nunca viu nada como a tragédia de Brumadinho Rafael Sadi atua em desastres de grande porte desde 1992 e já integrou operações como a do terremoto no Haiti. O oficial chegou à cidade mineira no último domingo à noite, ao lado de outros 131 militares de Israel, para ajudar nas buscas.

POR LAURA MARQUES (laura.marques@cbn.com.br)

Um militar de Israel que atua em desastres de grande porte desde 1992 afirma que nunca viu nada como a tragédia de Brumadinho. De acordo com o socorrista Rafael Sadi, a lama dificulta muito os trabalhos. 

Ele já esteve em tragédias como terremotos no Haiti e no México e no Nepal. 

O oficial chegou no último domingo à noite, junto com os outros 131 militares de Israel para ajudar nas buscas. 

Segundo Rafael, a comitiva está acostumada a fazer resgates em desastres urbanos. Perguntado se já encontrou pessoas vivas tantos dias depois de um desastre, ele disse que, apesar de ter poucas esperanças, isso já aconteceu.

'Aqui é muito mais complicado porque a gente tem muita tecnologia alta que não funciona aqui. Por exemplo, um radar submarino, uma câmera de resgate, que não funcionam na lama. Nós somos uma equipe de resgate urbano. Muito mais acostumados a resgatar de prédio que caíram, algo assim. Agora é bem novo para nós. Mas nossa experiência nos ajuda a passar bem pelos desafios.'

REPÓRTER - Pela experiência que você tem, ainda é possível encontrar gente viva?

'Não sei falar, porque a gente quase não tem esperança mais a gente já resgatou pessoas que estavam debaixo de escombros há mais de 10 dias.'

O militar israelense já veio ao Brasil outras três vezes como turista mas nunca para realizar resgates. Lá em Brumadinho ele não trabalha diretamente na lama, mas, sim repassando informações estratégicas.

Em coletiva de imprensa na tarde de hoje, o chefe da delegação de Israel, coronel Golan Vach disse que em toda atuação, os israelenses conseguem encontrar 99 por cento dos desaparecidos, independentemente do uso de tecnologia avançada. 

O comandante afirmou que os equipamentos mais importantes são os próprios militares, e os cães farejadores que ajudam muito. Eles trouxeram 6 animais para Brumadinho.

O chefe do estado maior do corpo de Bombeiros de Minas Gerais, coronel Erlon Nascimento, afirmou que a troca de experiências com os israelenses tem sido intensa.

Ontem e hoje os trabalhos dos militares de Israel estão concentrados na região onde ficava o refeitório da Vale e na Pousada Nova Estância.

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