Moro condena Renato Duque, Léo Pinheiro e mais 11 réus em ação penal da Lava Jato Investigados foram alvo da 31ª fase da operação, deflagrada em julho de 2016.
Por Adriana Justi e Erick Gimenes, G1 PR, Curitiba
O
juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na
primeira instância, condenou o ex-diretor de Serviços da Petrobras
Renato Duque e o ex-executivo da construtora OAS, José Aldemário
Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, pelos crimes de corrupção
passiva e ativa, respectivamente, em um processo da Lava Jato.
Outros onze réus também foram condenados no processo. Veja a lista completa abaixo.
Erasto Messias da Silva Júnior foi absolvido de todas imputações e
Edison Freire Coutinho e Agenor Franklin Magalhães Medeiros foram
absolvidos do crime de lavagem de dinheiro.
Os investigados foram alvo da 31ª fase da Lava Jato, batizada de Abismo,
e que foi deflagrada em julho de 2016. A ação investiga crimes de
organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem
de dinheiro por meio de contratos da Petrobras.
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal (PF) afirmam que o
Consórcio Novo Cenpes pagou R$ 39 milhões em propina para conseguir um
contrato na Petrobras entre 2007 e 2012. A obra licitada era a do Centro
de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello
(Cenpes).
O consórcio era composto pela OAS, Carioca Engenharia, Construbase
Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia. OAS e
Shahin Engenharia já eram investigadas pela Lava Jato.
No despacho, Moro destacou que a prática do crime de corrupção que
incide sobre Renato Duque e Léo Pinheiro envolveu o pagamento de R$
20.658.100,76.
"Um valor muito expressivo a executivos da Petrobras e a
agentes políticos", disse.
O G1 tenta contato com a defesa dos condenados.
A reportagem está em atualização.
Veja quem são os condenados e os respectivos crimes
- Adir Assad - lavagem de dinheiro;
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros - corrupção ativa;
- Alexandre Correa de Oliveira Romano - lavagem de dinheiro e por associação criminosa;
- Edison Freire Coutinho - corrupção ativa e associação criminosa;
- Genésio Schiavinato Júnior - corrupção ativa, lavagem e associação criminosa;
- José Aldemário Pinheiro Filho - corrupção ativa;
- José Antônio Marsílio Schwarz - lavagem e associação criminosa;
- Paulo Adalberto Alves Ferreira - lavagem de dinheiro e associação criminosa;
- Renato de Souza Duque - corrupção passiva;
- Ricardo Backheuser Pernambuco - corrupção, lavagem e associação criminosa;
- Rodrigo Morales - lavagem de dinheiro;
- Roberto Ribeiro Capobianco - corrupção, lavagem e associação criminosa;
- Roberto Trombeta - lavagem de dinheiro.