Chanceler alerta sobre inoportunidade de apoio de estrangeiros a Lula - Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse que líderes europeus cometem um gesto preconceituoso, arrogante e anacrônico contra a sociedade brasileira
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, alertou
hoje (16), sobre a inoportunidade do apoio de seis líderes políticos
europeus à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de lavagem de
dinheiro e corrupção passiva.
Lula está preso na Superintendência da
Polícia Federal em Curitiba (PR) desde 7 de abril.
Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse que líderes europeus cometem um gesto preconceituoso, arrogante e anacrônico contra a sociedade brasileira |
“Recebi, com incredulidade, as declarações de personalidades
europeias que, tendo perdido audiência em casa, arrogam-se o direito de
dar lições sobre o funcionamento do sistema judiciário brasileiro”, diz o
comunicado do chanceler.
Em seguida, o texto acrescenta que “qualquer cidadão brasileiro que
tenha sido condenado em órgão colegiado fica inabilitado a disputar
eleições. Ao sugerir que seja feita exceção ao ex-presidente Lula, esses
senhores pregam a violação do estado de direito”.
Por fim, o ministro questiona. “[Esses líderes estrangeiros] fariam
isto em seus próprios países? Mais do que escamotear a verdade, cometem
um gesto preconceituoso, arrogante e anacrônico contra a sociedade
brasileira e seu compromisso com a lei e as instituições democráticas.”
Nomes
Na relação dos seis ex-chefes de Estado e de Governo europeus que
defendem a candidatura de Lula estão o espanhol José Luis Rodríguez
Zapatero (ex-primeiro-ministro) e o francês François Hollande
(ex-presidente da República), os italianos Massimo D'Alema
(ex-chanceler), Romano Prodi (ex-primeiro-ministro) e Enrico Letta
(ex-primeiro-ministro) e o belga Elio di Rupo (ex-primeiro-ministro).
Os ex-chefes de Estado e de Governo fizeram um manifesto denominado
"Chamada de Líderes Europeus em apoio a Lula".
O documento foi
organizado por Jean-Pierre Bel, enviado pessoal de Hollande para a
América Latina de 2015 a 2017, e presidente do Senado francês de 2011 a
2014.
Por
Da Agência Brasil
Edição: Fernando Fraga