Ferraz de Vasconcelos - Ex-prefeitos repercutem decreto de Calamidade

O decreto de calamidade pública anunciado ontem em Ferraz de Vasconcelos, repercutiu entre os prefeitos anteriores. 
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As opiniões ficaram divididas entre José Izidro Neto (PMDB), que aprova a medida e Acir Filló (sem partido), que fez duras críticas a iniciativa do atual prefeito José Carlos Fernandes Chacon, o Zé Biruta (PRB).
 
A atual gestão expôs as altas dívidas herdadas pelas gestões anteriores. Entre elas a rescisão dos funcionários que foram demitidos no ano passado, que chegam a
R$ 500 mil e as dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que alcançou R$ 200 milhões. 
 
Além disso, há denúncias de possíveis licitações superfaturadas e contratos que não foram pagos.
O ex-prefeito Izidro entrou em contato com a reportagem, na tarde de ontem, para esclarecer que as dívidas citadas por Zé Biruta é uma herança de mandatos anteriores ao dele. 
 
"Eu assumi em dezembro de 2015 e tudo isso aconteceu antes. Os funcionários que eu demiti receberam o pagamento", afirmou, lembrando também que algumas dívidas foram herdadas pelo próprio Chacon, quando foi prefeito entre 2001 e 2004. "Há uma dívida com o Banco do Brasil, referente a canalização de um córrego, que o próprio Zé Biruta pagou uma parte".
 
Izidro se defendeu e também aprovou a iniciativa do atual prefeito. "A medida que ele adotou é acertiva, do ponto de vista político. Até mesmo para mostrar à população a real situação do município", avaliou. "Essa é uma medida que também me favorece".
 
Já o ex-prefeito Acir Filló, que teve o mandato cassado e foi acusado pelo crime de improbidade administrativa, fez duras críticas ao atual prefeito Zé Biruta. "É uma covardia decretar estado de calamidade. Tem cidades em situação piores que não adotaram essa medida. 
 
Isso é um subterfúgio de quem não tem coragem de arregaçar as mangas, trabalhar e buscar parcerias para a cidade", disse, lembrando que ele também herdou dívidas. 
 
"A dívida continuou, eu não consegui pagar e ninguém vai conseguir, porque o orçamento da cidade é irrisório. A dívida está lá e um dia vai ter que fazer acordo com o governo federal, porque o débito maior é com o INSS", finalizou o ex-prefeito cassado. (F.F.)

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