Alto Tietê - Comércio não tem grandes perspectivas para as vendas Associações Comerciais da região acreditam que consumidores devam utilizar o 13º salário para quitar dívidas
Com a proximidade do pagamento do 13º dos trabalhadores, as
perspectivas seriam de elevação nas vendas dos comércios do Alto Tietê
para o Natal.
Fernanda Fernandes - http://www.portalnews.com.br
No entanto, para este ano, a expectativa não é tão
otimista, como nos anos anteriores à crise econômica.
As Associações
Comerciais da região esperam manter o mesmo faturamento de 2015, sem
perspectiva de crescimento, e acreditam que uma parcela do abono
salarial dos consumidores deve ser utilizada para quitar dívidas.
Para
o presidente da Associação Comercial e Industrial de Ferraz de
Vasconcelos (Acifv), Samuel da Silva Rodrigues, os empresários estão
trabalhando para manter o mesmo índice de vendas do ano passado e não
sofrer queda no faturamento, já que a economia indica uma retração de
3%.
Rodrigues ainda lembrou que a segunda parcela do 13º deve
ser usada para as compras de presentes de Natal.
No entanto, frisou que
muitos consumidores também usam o abono para o pagamento de contas e
tributos. "Esse 'plus' no consumo pode ajudar na recuperação da economia
local e regional".
De acordo com a Associação Comercial e
Industrial de Itaquaquecetuba (Acidi) ainda não é possível estimar o
faturamento para o final deste ano, já que parte dos comerciantes da
cidade também acreditam que uma parcela do 13º salário dos consumidores
deve ser utilizada para para pagamento de dívidas.
A Acidi lembrou que o
município tem 1.024 clientes negativados no Serviço Central de Proteção
do Crédito (SCPC), o que totaliza R$ 1.428.506,00 em dívidas no
comércio.
Apesar do alto índice de débitos, a Acidi acredita
em um crescimento de 30% nas vendas de final de ano, se comparado com o
mesmo período de 2015.
"Essa previsão de acréscimo nas vendas tem um
significado importante para os lojistas.
O número representa a
recuperação dos 10% negativos, registrados no mesmo período do ano
passado, e o crescimento real de 20%", avaliou o presidente da Acidi,
Luciano Dávila.
Para o gerente de uma loja de calçados em Poá,
os consumidores estão mais cautelosos ao efetuarem compras. O crédito,
por exemplo, não é mais tão utilizado.
"As pessoas estão guardando
dinheiro para comprar tudo à vista, então, o cartão e o crediário
reduziram bastante", observou Ademir Silva Barros.
"Mas, ainda assim,
acredito que o faturamento deste ano possa surpreender".
Apesar
da crise, o vice-presidente do Sindicato Varejista do Comércio de Mogi
das Cruzes e Região (Sincomércio), Valterli Martinez, está otimista.
"Com o pagamento da primeira parcela do 13º salário, a economia já deve
ficar aquecida, por conta de dívidas a serem quitadas, e muitos
consumidores anteciparem as compras de Natal, aproveitando as ofertas e
promoções de alguns estabelecimentos", avaliou.
"Agora, em 2016, estamos
num momento de economia mais estável que em 2015, o que indica uma
maior confiança e intenção de compra do consumidor".