Boato sobre achocolatado contaminado chega a MS e causa temor - Interdição cautelar, da bebida láctea fabricada pela empresa Itambé Alimentos S/A, por de 90 dias.

Fonte - http://www.midiamax.com.br/
Guilherme Cavalcante
Criança morreu após beber produto no MT

Enquanto a polícia e a Vigilância Sanitária Regional do Estado de Mato Grosso tentam desvendar o mistério em torno da morte de uma criança de dois anos poucas horas após ingerir um achocolatado na última quinta-feira (25), em Cuiabá, a internet começa a dar voz a boatos com informações desencontradas sobre o fato, que já cruzaram a divisa com Mato Grosso do Sul.

Neste fim de semana, começaram a circular nas redes sociais, sobretudo no WhatsApp, informações, prints de documento, fotos e mensagens de áudio com informações sobre outras mortes relacionadas ao produto contaminado, inclusive em Mato Grosso do Sul

O Jornal Midiamax teve acesso a algumas dessas mensagens, dentre as quais há relatos de outras crianças, além do caso de Cuiabá, que teriam morrido após ingerir o achocolatado.

Todavia, nota-se claramente que se tratam de informações desencontradas, com fortes características de boataria e, principalmente, nenhuma informação confirmada.

“Bom dia, meninas. Realmente, eu acabei de passar uma informação sobre o Toddynho. E aí eu fui ligar pra minha mãe pra avisar ela referente ao Toddynho, porque ela gosta de comprar Toddynho pra dar pra Rebeca, que a Rebeca ama Toddynho. Aí ela me falou que tava vindo de um velório da filha da vizinha de dois amigos, que tomou o Toddynho e faleceu. Então assim, gente, realmente a história é verídica, é verdade. Todo cuidado é pouco”, traz um dos arquivos de áudio.

“Gente boa noite, é urgente o que eu vou passar e repasse o máximo possível. Duas crianças morreu no pronto-socorro, tem um em estado grave, um adulto morreu e a polícia tá desconfiada que é um lote contaminado de Toddynho, só que não sabe se é o Toddynho. Qualquer produto desses, Nescau, Toddynho, não tomem! Já tem duas mortes e uma criança quase morta. Avisa todo mundo aí, espalha isso daí, por favor”, em outro arquivo.
“Bom dia, mamães. Confirmado essa história do achocolatado. Provável que seja Toddynho mesmo. Até terem a comprovação suspendam de seus filhos iogurtes, toddynho, yakults e coisas do gênero. A criança está no IML para exames… Que provavelmente deve sair dentro de dez dias”, traz outro relato.

Investigações

O produto envolvido com o único fato realmente comprovado, em Cuiabá, é da marca Itambé - o Itambynho

Apesar de ainda não descartar contaminação no lote do achocolatado, a Deddica (Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente), que investiga o caso, também considera a possibilidade de envenenamento intencional das unidades presentes na casa da vítima, já que estes foram vendidos por um adolescente, morador da vizinhança, que está sumido.

A polícia aguarda os laudos da necrópsia feita com amostras de tecido do estômago da criança, a fim de identificar a substância que a vitimou. Já a empresa Itambé divulgou nota em que afirma ter ficado ciente do ocorrido e que acompanha e auxilia a apuração dos fatos.

Confira a nota na íntegra:
“A Itambé foi notificada dos fatos ontem, relatados em Cuiabá, relacionados ao suposto consumo de um produto da linha de achocolatados Itambezinho (200ml).

A empresa está em contato permanente com a Vigilância Sanitária regional e auxiliando na apuração dos fatos.

O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato.

 Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote.

A Itambé realiza regularmente provas internas e em laboratórios externos de seus produtos e reitera seu compromisso com a qualidade.

A empresa já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e continuará trabalhando em conjunto para outros esclarecimentos que se fizerem necessários”.

Entenda o caso

Uma criança de 2 anos, moradora de Cuiabá (MT), morreu no hospital na tarde da última quinta-feira (25) poucas horas após ingerir um achocolatado da marca Itambé. Um adolescente de 17 anos da mesma família também foi internado no Pronto-Socorro de Cuiabá. 

Ele também teria ingerido a bebida e deu entrada na unidade hospitalar passando mal e vomitando muito.

Em decorrência do fato, a Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso emitiu um memorando circular na última sexta-feira (26) determinando interdição imediata de um lote do achocolatado Itambynho, da marca Itambé.

De acordo com o jornal Gazeta Digital, de Cuiabá, a polícia também trabalha que a bebida tenha sido contaminada fora da fabrica, já que o produto foi vendido por um adolescente da vizinhança, que desapareceu. Segundo o jornal, o jovem seria usuário de drogas e suspeito por atos infracionais na região.
 

Comprar ou não? Suspeita sobre achocolatados preocupa pais.

Fiscalização vai até quarta-feira

Danielle Valentim e Ana Paula Chuva

A busca pelo lote do achocolatado Itambézinho interditado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em todo Brasil, começou no último sábado (27), em Campo Grande, conforme a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

 A Vigilância Sanitária ainda não encontrou bebidas da remessa específica nos estoques vistoriados até agora, mas deve divulgar um balanço das fiscalizações, na próxima quarta-feira (31).  

Enquanto isso, comprar ou não, a bebida láctea para os filhos divide opiniões de pais na Capital, mas ainda não há impacto nas vendas, segundo comerciantes ouvidos.

A reportagem do Jornal Midiamax em visitou comércios da Capital e constatou que há quem não liga muito para boatos e também aqueles que preferem adotar a cautela e estão preocupados.

Uma consumidora, que preferiu não se identificar, disse que o filho tem pedido a bebida láctea, porém quer evitar o máximo. "Hoje mesmo meu filho pediu, mas não comprei por medo", disse.

Karina Nantes confessou à reportagem que ficou sabendo da morte da criança nesta segunda-feira (29), e apesar de consumir a bebida junto com os dois filhos, aguarda o fim das investigações.

"Eu e meus dois filhos consumimos achocolatados, inclusive a marca noticiada, mas a partir de agora vou reduzir, pelo menos por enquanto", disse.

Uma outra mãe, que tem quatro filhos, vai contra o comum e afirma que após descobrir que há tolerância até para pelo de rato, em extrato de tomate, notícias como esta, não a assustam mais. 

"Não vou parar de comprar e consumir. É só entregar na mão de Deus", disse.

RESOLUÇÃO
A Resolução da interdição cautelar, da bebida láctea fabricada pela empresa Itambém Alimentos S/A foi publicada no DOU (Diário Oficial da União), desta segunda-feira (29) e foi motivada em função de suspeita de associação do óbito de uma criança uma hora após a ingestão do produto, em Cuiabá/MT, na última quinta-feira (25).

Vale ressaltar, que o prazo de suspensão da venda é de 90 dias, enquanto isso não haverá recolhimento do produto, pois a causa da morte é investigada.

Nesse período, o comércio ficará apenas proibido de vender o achocolato do estoque.

O lote é o nº 21:18 (val.: 21/11/2016), do produto Bebida Láctea UHT sabor chocolate, 200ml, marca: Itambezinho, fabricado por Itambém Alimentos S/A.

(CNPJ 16.849.231/0005-38), SIF 769, situada na Rodovia BR 262 s/n, Km 403, Patafufo. Para de Minas/MG. 

A Coordenadoria de Vigilância do Estado esclarece que a interdição é uma atividade comum e utilizada rotineiramente quando existe a suspeita de contaminação ou desvio de qualidade de qualquer tipo de produto de interesse à saúde.

BOATOS
Antes mesmo da publicação da resolução de interdição cautelar, a polícia e a Vigilância Sanitária Regional do Estado de Mato Grosso já tentavam desvendar o mistério em torno da morte da criança.

Paralelo a isso, a internet também iniciava os boatos com informações desencontradas sobre o incidente, envolvendo até outras marcas.

Porém, o único fato realmente comprovado, em Cuiabá, é da marca Itambé - o Itambynho.

 Apesar de ainda não descartar contaminação no lote do achocolatado, a Deddica (Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente), que investiga o caso, também considera a possibilidade de envenenamento intencional das unidades presentes na casa da vítima, já que estes foram vendidos por um adolescente, morador da vizinhança, que está sumido.

A polícia aguarda os laudos da necrópsia feita com amostras de tecido do estômago da criança, a fim de identificar a substância que a vitimou.

Já a empresa Itambé divulgou nota em que afirma ter ficado ciente do ocorrido e que acompanha e auxilia a apuração dos fatos.
FONTE - http://www.midiamax.com.br

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