Professores de Itaquaquecetuba e Mogi fazem protesto Eles reivindicação ajuste salarial e melhores condições de trabalho. Dirigente diz que professores já receberam aumento de salário.

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Professores em greve nas cidades de Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba fizeram protestos nesta quinta-feira (26) por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Em Mogi, a manifestação foi na região central. Em Itaquaquecetuba, o grupo também saiu às ruas com faixas e cartazes. "Nós temos em Mogi um percentual de 30% dos professores paralisados", explicou a coordenadora da Apeoesp de Mogi, Vânia Pereira da Silva.

Entre as principais reinvindicações estão: equiparação salarial com o ensino superior; abertura de 3 mil salas; contratação de professores e convocação dos concursados; combate a violência; perseguição e assédio moral nas escolas.

Alguns pais de alunos apoiam o protesto. "Precisa melhorar muita coisa, principalmente os salários dos professores", diz a dona de casa Josélia dos Santos Rodrigues.

Em Itaquaquecetuba, grupos de professores também saíram às ruas. "São 65% de professores parados. Um total de 1,1 mil professores parados e mais de 10 escolas fechadas", conta a coordenadora da Apeoesp de Itaquaquecetuba, Maria de Lourdes Rafael.

Pouco movimento
Um grupo de estudantes de Mogi das Cruzes reclama que o movimento de frequência de alunos na escola onde estudam, no Jardim Maricá, caiu. Eles dizem ainda que os professores eventuais aplicam conteúdo que eles já estudaram. "A gente vem para não ficar com falta", diz a estudante Isabel Velai. O aluno enso Gustavo dizque não há atividades. "Fazemos lição de eventual. Lição que já aprendemos e não tem nada a ver com a matéria

Na tarde desta quinta-feira, a dirigente regional de ensino de Mogi das Cruzes, Rosania Morales Morroni disse que em Mogi das Cruzes não existem classes superlotadas. Sobre a questão da violência, ela disse que há um projeto de professores que são mediadores de conflitos e que incentivam a cultura de paz, bem como parcerias com as polícias civil e militar. Ela explicou ainda que, com relação a salários, houve um aumento escalonado em quatro anos de 45%. "E agora estamos terminando as discussões objetivando um plano de carreira atraente", diz.

Ela ainda afirmou que os alunos da escola Maria Rodrigues Gonçalves não estão sem atividades. "Não estão só fazendo leituras. Alguns reclamaram e não procedia. Outros reclamaram e estou apurando se de fato procedia. Até agora tínhamos duas reclamações: uma era verdadeira e outra não", detalha. off
muitos pais e alunos apoiam a causa.