Padre Eustáquio recebe homenagem de devotos - Poá - SP -

Erick Paiatto
Família Khoury deposita flores na imagem anualmente; Testinha prestigiou a data
Gilberto Gil diz, em uma de suas mais famosas canções, que se deve andar com fé, porque a fé não costuma falhar. Em Poá, pelo contrário, há aqueles que não costumam falhar com a fé. Desde 2009, a família Khoury realiza todos os anos uma homenagem a Humberto van Lieshout, conhecido e canonizado como Padre Eustáquio. Pontualmente, às 10h45 do dia 30 de agosto, hora e data da morte do beato, que faleceu em 1943, uma coroa de flores é depositada aos pés da imagem que fica na praça que leva o nome do santo, localizada entre as avenidas Antônio Massa e Leonor Marques da Silva.

DatO costume começou com a matriarca Adelaide Khoury, falecida em 2012, que participou por mais de duas décadas da excursão com destino a Belo Horizonte que homenageia o sacerdote todos os anos. "Minha mãe fez crisma, batismo e primeira comunhão com o Padre Eustáquio na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Poá, por isso o conheceu bem. Ela sempre contou sobre como ele era, os milagres que ele realizava e sobre a fé que o povo tinha", relembra Sérgio Khoury, filho da devota.

Conhecido pela fama de milagreiro, Padre Eustáquio serviu como pároco em Poá entre 1935 e 1941, e soma histórias de cura e fé não só na cidade, mas em todo o Brasil. O poder de sua graça era tão difundido que atraía devotos do País inteiro para a pequena cidade.

"A população do município era de menos de 2 mil pessoas na época. Quando a multidão chegava para pedir a bênção do padre durante as celebrações, não havia estrutura em Poá para comportar todos. Temos em arquivo fotos da época em que se vê a rua 26 de Março tão tomada por fiéis que era quase impossível para qualquer um passar", conta o prefeito Francisco Pereira de Sousa (SDD), o Testinha, que participou da homenagem ontem.

Padre Eustáquio saiu discretamente de Poá, sem destino certo, até ser convidado por famílias do Rio de Janeiro para lá servir. Sua notoriedade, no entanto, já estava fixada.
"Sempre ouvi a história da cura de minha tia Lourdes por um milagre dele. Ela era ainda criança de colo quando foi levada pela mãe para ver o padre. Ao observar a menina adoecida, ele teria dito: ´Minha filha, pode levá-la, pois ela já está abençoada´. Se foi um milagre ou não, aconteceu depois do contato com o beato. Depois de quatro dias ela já estava correndo no quintal", conta Khoury, com voz emocionada.

"Hoje, eu e minha família continuamos esse costume, para homenagear não somente o beato, mas também a minha mãe. Enquanto eu tiver pernas e saúde, vou manter essa tradição", afirma. (M.T.)

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