Arujá - Agricultores de têm prejuízo com seca e já pensam em parar
Variedades como espinafre e alface são as mais prejudicadas.
Verduras crescem mais lentamente e ficam sujeitas a pragas.
Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano com informações da TV Diário
A chuva que na região nos últimos dias não foi suficiente para aumentar a quantidade de água nas minas e nos poços, por isso, a situação dos agricultores só piora. EmArujá, produtores pretendem parar de plantar em setembro.
O espinafre horenso é um produto que pode ser refogado e poderia pagar parte das contas do sítio do agricultor Nelson de Moura Montarroios nessa época de queda das vendas e preços baixos. Mas, nesse inverno, ele não está podendo contar com esta variedade. “O vento causa isso. Ela não está forte por falta de água. Qualquer tipo de doença entra”, explica.
A falta de água afeta de um jeito claro outras hortaliças. A cebolinha ficou toda amarelada.
O pouco que resta na mina não consegue manter os três hectares do sítio. Nelson diz que comparando com agosto do ano passado perdeu de 30 a 40% da área plantada por problemas com fungos e falta de condições para plantar em razão da estiagem. Uma das estratégias do produtor agora é apostar em variedades mais resistentes como a beterraba e o brócolis. “
O pouco que resta na mina não consegue manter os três hectares do sítio. Nelson diz que comparando com agosto do ano passado perdeu de 30 a 40% da área plantada por problemas com fungos e falta de condições para plantar em razão da estiagem. Uma das estratégias do produtor agora é apostar em variedades mais resistentes como a beterraba e o brócolis. “
Nelson pagou R$ 400 para limpar a valeta, esperando chuva, mas ela não chega. O solo está tão seco que desanima o agricultor. As mudas que plantou ultimamente crescem mais lentamente sem água. As de coentro não devem vingar se não chover logo.
Os pés que já estão grandes, como a alface romana (6´50) se mantêm sem um pingo de agua e esses, assim como os de outras variedades são os ultimos canteiros por aqui. “São tratadas as que já plantou e não planta mais enquanto não chove”, conclui.
Parar de plantar também é a alternativa forçada do vizinho Sandro Ramos. O tanque nessa situação explica as sérias dificuldades do sítio. “Sem água, como você vai produzir? Você tem custos e fica preocupado. A gente acaba tendo que dispensar funcionários também”, comenta.
As últimas chuvas que viu por aqui, Sandro diz que foram entre maio e junho. Em uma delas pra piorar caiu granizo que trouxe as primeiras perdas de uma sequência que não parou até agora. “Tive uns 150 canteiros de alface crespa que entraram estiróide. Infelizmente não pude colher”, conta.
Sandro reclama que os produtores ainda por cima não encontram apoio pra amenizar a situação.
No caso do agricultor, que desde novo assumiu a atividade do pai, o trabalho no sítio está com os dias contados. “Até janeiro ou fevereiro do ano que vem eu vou parar. Vou entregar a roça aqui e vou parar. Vou ficar investindo e estou vendo que a minha reserva já foi tudo”, lamenta.
A meteorologia prevê, por enquanto, pancadas de chuvas no início da semana que começa nesta segunda-feira (1º).