Itaquaquecetuba - Igreja Nossa Senhora D´Ajuda - Igreja de 1624 será reaberta no próximo dia 08 de Setembro 2014
Restauração foi finalizada para acabar com riscos de desabamento de um dos templos mais antigos do Estado
Marcelo Tomaz
De Itaquá
De Itaquá
Erick Paiatto
Estrutura do telhado foi trocada e interior, altar e imagens serão recuperados; obra levará mais oito anos
Fechado desde 2011 por problemas estruturais, o prédio mais antigo da paróquia Nossa Senhora D´Ajuda, em Itaquaquecetuba, será reaberto no próximo dia 8, durante celebração do dia da padroeira e aniversário de fundação da cidade.
A construção, de 1624, é um dos três templos católicos mais antigos do Estado de São Paulo. A ameaça de desabamento interditou o local e fez com que uma grande obra de reestruturação fosse iniciada. "O telhado estava totalmente quebrado e grande parte das paredes ocas. Como a necessidade mais urgente era minimizar os riscos da edificação, intitulamos essa parte da campanha de ´pré-restauro´", conta o pároco Luiz Renato de Paula, que atua há dois anos no local.
Toda a verba para essa primeira parte da reforma, que custou aproximadamente R$ 300 mil, foi arrecadada junto à comunidade. O alto custo se deve aos métodos de restauração, que são complexos e delicados. "Fizemos três grandes eventos para angariar fundos, e recebemos diversas contribuições espontâneas. O trabalho é muito cuidadoso. Cada madeira do telhado, que são da época da construção original, foi analisada individualmente para se medir a necessidade de emenda. Tudo o que foi possível preservar da obra original, foi preservado", ressalta de Paula.
As paredes da construção são feitas de taipa, com barro e bambu no forro, unidas com sangue de animal, método usual no século XVII, e foram reformadas apenas com areia e cal, sem nenhum cimento.
Tombado no ano passado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão do governo estadual, a estrutura ainda passara por um trabalho minucioso. "Após a população ver o resultado da obra, vamos dar início à segunda fase do processo, recuperando altar, imagens e reformando os detalhes do interior do prédio. Contamos novamente com a ajuda direta da comunidade, já que nem município, nem Estado disponibilizaram ainda qualquer verba para os serviços", explica o pároco. A imagem da padroeira é original, trazida por padres jesuítas daquela época, e também será restaurada.
A conclusão da obra está prevista para daqui a oito anos. O prazo é extenso pelo controle incisivo dos órgãos de preservação quanto às modificações na construção original. "Entendemos o tombamento estadual como um resguardo. Nós podemos reformar o prédio, acompanhados por eles, sem que ninguém interfira no nosso trabalho. Nós só tivemos esse sucesso pela mobilização da comunidade, que tem de volta um templo a partir do qual Itaquaquecetuba nasceu".
Após a reabertura da igreja, em celebração do bispo Dom Pedro Luiz Stringhini no dia 8 de setembro, o prédio ficará aberto definitivamente para visitação durante a semana e receberá uma missa matinal a cada sete dias.
A construção, de 1624, é um dos três templos católicos mais antigos do Estado de São Paulo. A ameaça de desabamento interditou o local e fez com que uma grande obra de reestruturação fosse iniciada. "O telhado estava totalmente quebrado e grande parte das paredes ocas. Como a necessidade mais urgente era minimizar os riscos da edificação, intitulamos essa parte da campanha de ´pré-restauro´", conta o pároco Luiz Renato de Paula, que atua há dois anos no local.
Toda a verba para essa primeira parte da reforma, que custou aproximadamente R$ 300 mil, foi arrecadada junto à comunidade. O alto custo se deve aos métodos de restauração, que são complexos e delicados. "Fizemos três grandes eventos para angariar fundos, e recebemos diversas contribuições espontâneas. O trabalho é muito cuidadoso. Cada madeira do telhado, que são da época da construção original, foi analisada individualmente para se medir a necessidade de emenda. Tudo o que foi possível preservar da obra original, foi preservado", ressalta de Paula.
As paredes da construção são feitas de taipa, com barro e bambu no forro, unidas com sangue de animal, método usual no século XVII, e foram reformadas apenas com areia e cal, sem nenhum cimento.
Tombado no ano passado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão do governo estadual, a estrutura ainda passara por um trabalho minucioso. "Após a população ver o resultado da obra, vamos dar início à segunda fase do processo, recuperando altar, imagens e reformando os detalhes do interior do prédio. Contamos novamente com a ajuda direta da comunidade, já que nem município, nem Estado disponibilizaram ainda qualquer verba para os serviços", explica o pároco. A imagem da padroeira é original, trazida por padres jesuítas daquela época, e também será restaurada.
A conclusão da obra está prevista para daqui a oito anos. O prazo é extenso pelo controle incisivo dos órgãos de preservação quanto às modificações na construção original. "Entendemos o tombamento estadual como um resguardo. Nós podemos reformar o prédio, acompanhados por eles, sem que ninguém interfira no nosso trabalho. Nós só tivemos esse sucesso pela mobilização da comunidade, que tem de volta um templo a partir do qual Itaquaquecetuba nasceu".
Após a reabertura da igreja, em celebração do bispo Dom Pedro Luiz Stringhini no dia 8 de setembro, o prédio ficará aberto definitivamente para visitação durante a semana e receberá uma missa matinal a cada sete dias.
