Obra do Rodoanel Leste - Família cobra rapidez no pagamento de indenização


Moradores da rua Maracanã, em Itaquá, aguardam o valor definido para deixar a área
Lailson Nascimento
De Itaquá
Erick Paiatto
Moradora, que teve sua casa desapropriada em função das obras, não tem dinheiro para comprar outro imóvel
Dat

Uma moradora do Jardim São Jerônimo, em Itaquaquecetuba, procurou o Dat ontem para reclamar sobre a demora do pagamento da indenização que deve receber em função da desapropriação do seu imóvel para as obras do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas. Desempregada, Maria Aparecida Alves da Silva afirma não ter para onde ir e que por isso ainda aguarda o pagamento para sair do local.

O problema da moradora tem sido recorrente e já foi registrado também em Calmon Viana, Poá, e no Jardim Monte Cristo, em Suzano.

Na residência de Maria, localizada no número 355 da rua Maracanã, moram suas duas filhas e o marido Salim Pereira Teodorate, que está afastado do trabalho e recebe um salário mínimo, equivalente a R$ 678. Segundo o casal, a casa foi comprada há cerca de três anos e eles possuem os documentos que comprovam a posse da propriedade
Na mesma via, resta apenas mais uma casa, já que todas as outras foram demolidas para dar espaço ao Rodoanel. O vizinho, que preferiu não se identificar, declarou que, na próxima semana, deve sair do imóvel que ocupa.
"Nós não temos para onde ir, porque até agora não recebemos o dinheiro que nos é de direito. O problema é que, se sairmos daqui, não temos para onde ir. Estão nos tratando pior do que cachorros", destacou a mulher.


Desapropriações
A preocupação da moradora de Itaquá tem se repetido desde o início das obras do anel viário. Para executar os trabalhos, o consórcio SPMar, responsável pela execução do projeto, tenta um acordo amigável com os proprietários. Quando isso não acontece, o caso segue para a Justiça, onde um magistrado aponta o valor de indenização e a concessionária deposita o dinheiro em juízo. Após o depósito, é a própria Justiça quem decide sobre a liberação da indenização, como é o caso de Maria, que aguarda o valor para comprar outro imóvel.

Procurada, a assessoria de Imprensa da SPMar declarou, em nota, que "o valor da desapropriação do imóvel da moradora já foi determinado por um juiz".
A concessionária já fez o depósito em juízo, conforme manda a lei. "Neste momento aguarda a liberação do documento de imissão na posse e a desocupação do imóvel a ser realizada por um oficial de Justiça".

O Dat tentou entrar em contato com a advogada da família prejudicada, Silvia Ferreira Pinheiro Godoy, que estaria atuando por meio da Defensoria Pública de Itaquá, mas não a encontrou até o fechamento desta edição.

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