Ferraz de Vasconcelos - Atendimento é suspenso em Hospital Regional



18 de novembro de 2012
O atendimento na ala pediátrica e no Pronto-Socorro (PS) do Hospital Regional Dr. Osíris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos, foi suspenso na tarde de ontem. A medida foi tomada pela diretoria clínica da unidade hospitalar e o caso comunicado à Polícia Civil, por meio de um Boletim de Ocorrência (B.O.) (confira mais na matéria abaixo). Nos próximos dias o atendimento será realizado parcialmente, em uma espécie de rodízio.
Ao DS, o diretor clínico do hospital, o médico Alfonso Bittencourt, de 60 anos, relatou que o atual quadro de funcionários impede o pleno funcionamento do PS e da ala pediátrica. "Hoje (ontem) quatro médicos, incluindo eu, estão escalados para atender pacientes em um hospital de nove andares. Com esse número de profissionais é impossível prestar um bom atendimento à população, já que seriam necessários entre 15 e 18 médicos", afirma.
Segundo ele, diversos pacientes foram comunicados, na recepção do hospital, que o atendimento estava suspenso e que deveriam procurar outros hospitais da região. "Além da população, informamos a Polícia Militar (PM), o Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) sobre o fato explicando que eles deveriam procurar outros hospitais", relata.
CONTRADIÇÃO A suspensão do atendimento no Hospital Regional foi negada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Entretanto, o DS esteve dentro da unidade hospitalar e comprovou o fato.
Por volta das 16h30, as duas recepções estavam completamente vazias, com apenas algumas poucas pessoas que, segundo o diretor clínico, já haviam sido comunicadas sobre o fechamento e aguardavam meios para se locomover para outros hospitais.
A mesma cena foi presenciada nos diversos corredores da unidade hospitalar, sem nenhuma pessoa aguardando atendimento.
A assessoria de imprensa da pasta também negou o baixo números de médicos na unidade hospitalar.
O órgão afirmou que a decisão do diretor foi precipitada e que, para hoje, estão escalados 11 profissionais, mas confirmou que, ontem, de fato, havia apenas quatro médicos para atender a população - incluindo o diretor clínico.
De acordo com Bittencourt, nos próximos dias o atendimento na pediatria e no PS funcionarão em uma espécie de rodízio. "A previsão é que disponhamos de um período de seis a oito horas para atender a população e, depois disso, encerraremos o expediente".
O médico decidiu procurar a polícia e comunicar o caso à imprensa para sensibilizar o governo do Estado. Ele alega que os problemas do Hospital Regional não estão sendo comunicados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri. "Eximo de criticas o governador e o secretário, pois tenho certeza de que eles não estão sendo inteirados sobre os problemas do hospital. Acho que, agora, através da imprensa eles verão a situação do hospital" desabafa.
Essa foi a quarta vez, em menos de oito meses de cargo, que o médico foi obrigado a procurar a polícia para relatar problemas no hospital.

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