Sindicato promete manifestação hoje no hospital regional de Ferraz



O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde) ameaça fazer a partir de hoje, uma série de manifestações em frente o Hospital Regional Osíris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos. O motivo das reivindicações seria por conta das constantes irregularidades constatadas pela equipe clínica da unidade.
Todas essas medidas a serem tomadas estavam marcadas para entrar na pauta da assembleia de ontem à noite do sindicato. Na ocasião, o grupo se reuniu com o diretor clínico do hospital, Alfonso Bittencourt, e demais profissionais para decidir qual seria a melhor maneira de cobrar do Estado as providências necessárias para suprir a falta de médicos na unidade.
Segundo a diretora regional do Sindsaúde, Kátia Aparecida dos Santos, o grupo tem total conhecimento das precariedades do hospital e por isso busca agir em parceria com Bittencourt. "Ao contrário do diretor, não temos acesso ao sistema de ponto dos funcionários e muito menos a folha de pagamento deles. Precisamos unir forças para que a cobrança seja maior e o problema da população seja resolvido", diz.
Para a líder do sindicato na região, é provável que a partir de hoje vários médicos, enfermeiros e auxiliares estejam já na porta do hospital fazendo algum ato reivindicativo. "Nossa meta não é interromper o atendimento que já é deficiente. Queremos apenas mostrar que não estamos satisfeitos com a atual situação", frisa.
Sobre os problemas encaminhados ao Ministério Público (MP), o SindSaúde se diz estar triste, mas esperançoso com os fins que a denúncia dará. "É uma pena que ainda existam casos de desvio como este. Precisamos combater isso com todas as forças", comenta. "Somos totalmente contra algumas medidas da atual diretoria técnica. Um exemplo disso são os plantões extras, que são irregulares. Essa ferramenta implementada e executada faz com que o Estado não contrate médicos e o déficit de profissionais aumente", complementa.
Aproximadamente R$ 800 milhões por ano são repassados para a unidade ferrazense. Para exemplificar a situação caótica do hospital, Kátia salienta que nos andares superiores de internação, são quase 100 pacientes para cada dois funcionários.
"Vamos usar de todos os meios para resolver a falta de médicos. Um hospital desse tamanho não pode ficar nessas condições", conclui.

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