“São inaceitáveis as condições. Sou ministro da Saúde e tenho de ter plena possibilidade de participar das atividades para as quais fomos convidados”
“São inaceitáveis as condições. Sou ministro da Saúde e tenho de ter plena possibilidade de participar das atividades para as quais fomos convidados”, afirmou Alexandre Padilha ao anunciar nesta sexta-feira (19) que não viajará aos Estados Unidos.
O ministro recebeu visto diplomático com restrições de circulação impostas pelo governo Donald Trump, o que o impediria de participar da Assembleia-Geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington, e de reuniões com outros ministros da área.
Padilha havia solicitado novo visto para integrar a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e a reunião da Opas. O documento foi concedido na quinta-feira (18), mas com limitações que bloqueavam sua presença em compromissos fora da sede da ONU e na própria Opas, onde o Brasil planejava anunciar recursos adicionais ao fundo rotatório de vacinas e medicamentos contra o câncer.
Segundo o ministro, as restrições não atingem apenas sua pessoa, mas o cargo que ocupa, inviabilizando a participação do Brasil em agendas centrais, como a parceria dos BRICS na saúde.
O veto temporário a Padilha integra o pacote de sanções adotado pelo governo Trump, que já havia determinado a revogação do visto do ministro e de seus familiares sob a acusação de envolvimento no programa Mais Médicos, responsável por trazer profissionais cubanos ao Brasil.
