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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Jornalista acusa Malafaia de lucrar com direitos autorais de áudios da PF no YouTube

 Álvaro Borba afirma que manobra de Malafaia transforma provas de interesse público em fonte de renda privada

 21/08/2025 


Por Cleber Lourenço

O pastor Silas Malafaia acionou o sistema de copyright do YouTube para reivindicar direitos sobre os áudios interceptados pela Polícia Federal que expõem suas conversas com Jair Bolsonaro. A medida está fazendo com que todos os vídeos que reproduzem trechos das gravações tenham a monetização bloqueada, com a receita publicitária sendo revertida para Malafaia, por meio da empresa ONErpm.

Na prática, a estratégia não retira os conteúdos do ar, mas cria um efeito de censura indireta: criadores independentes e jornalistas podem continuar divulgando o material, mas sem qualquer retorno financeiro. O caso foi revelado pelo jornalista e youtuber Álvaro Borba, que recebeu a notificação do YouTube após publicar um vídeo com os áudios.

Borba decidiu abrir uma disputa formal na plataforma, argumentando que se trata de conteúdo de interesse público. Em declaração ao ICL notícias, o jornalista afirmou:

“Parabenizo o empreendedorismo do pastor Malafaia e seus representantes, mas achei por bem abrir uma disputa dentro do YouTube por compreender que o material interceptado pela PF tem valor jornalístico e histórico. Não se trata da defesa da minha produção, mas sim do interesse público. Produzo conteúdo de maneira independente para o YouTube desde 2017 e nunca tinha visto a política de direitos autorais da plataforma ser subvertida dessa forma. Se o objetivo é o lucro ou a tentativa de sabotar a divulgação dos áudios interceptados, tanto faz: é uma artimanha que tem o mérito da criatividade, mas que, a meu ver, carece de uma certa honestidade. A plataforma tem um prazo de 30 dias para avaliar a disputa e quero crer que saberá tomar a decisão correta.”

Jornalista acusa Malafaia de lucrar com direitos autorais de áudios da PF no YouTube

Malafaia e o copyright

As notificações recebidas por Borba detalham o trecho exato dos áudios reivindicados como propriedade de Malafaia, entre 2:52 e 4:14 de seu vídeo. A monetização foi imediatamente suspensa, enquanto a ONErpm tem até 30 dias para responder à contestação. Até lá, o vídeo permanece disponível, mas sem gerar receita para o criador.

O episódio escancara um paradoxo no sistema de copyright: áudios de investigação policial, que deveriam servir ao debate público e à transparência, estão sendo tratados como propriedade privada. Para críticos, a manobra transforma um constrangimento político em ativo financeiro, dificultando a circulação crítica do material e premiando quem está no centro do escândalo. 


https://iclnoticias.com.br/jornalista-acusa-malafaia-direitos-autorais-pf/

Memes do Pato arrependido

 


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