Malafaia faz uso do direito ao silêncio ao ser chamado pra depor na PF

 


Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.


Malafaia faz uso do direito ao silêncio ao ser chamado pra depor na PF

Pastor prestou depoimento no Aeroporto do Galeão nesta quarta-feira, em operação autorizada pelo STF
 20/08/2025 | 22h40

Por Juliana Dal Piva e Cleber Lourenço

O pastor Silas Malafaia prestou depoimento nesta quarta-feira (20) à Polícia Federal no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, mas optou por não responder às perguntas dos investigadores. 

De acordo com informações obtidas pela coluna junto a integrantes da própria corporação, Malafaia foi conduzido a uma área reservada do terminal, aguardou a chegada de seu advogado e, diante dos questionamentos, fez uso do direito ao silêncio garantido pela Constituição. 

A PF apreendeu seu celular e um caderno de anotações.

A oitiva foi pedida no contexto de uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Petição nº 14.129. 

Esse procedimento integra as investigações que apuram indícios de obstrução de Justiça em ações ligadas ao plano de golpe de Estado, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro já foram formalmente indiciados pela Polícia Federal por coação no curso do processo.

No mesmo dia, agentes da PF cumpriram mandados de busca pessoal e apreenderam aparelhos eletrônicos do pastor, entre celulares e dispositivos de armazenamento, com autorização expressa do Supremo e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

O material apreendido deverá passar por perícia antes que novas diligências sejam determinadas.

As medidas cautelares estabelecidas contra Malafaia incluem a proibição de deixar o território nacional e de manter contato com outros investigados, entre eles o ex-presidente e seu filho Eduardo. 

Essas restrições seguem a linha de decisões anteriores do STF, que têm buscado impedir a coordenação de narrativas ou a destruição de provas relevantes para a apuração.

https://iclnoticias.com.br/malafaia-silencio-depor-pf-bolsonaro-golpe/

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