Fazenda revisa crescimento do PIB do Brasil em 2023 para 3,2%

 Maior projeção reflete no resultado do PIB do segundo trimestre, que cresceu 0,9% na margem e 3,4% na comparação interanual, deixando carregamento estatístico de 3,1% para o ano

Fachada do prédio do Ministério da Fazenda em Brasília

Fachada do prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado

Cristiane Noberto
18/09/2023 às 13:37 | Atualizado 18/09/2023 às 13:52

Secretaria de Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda (SPE) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 3,2% em 2023, segundo os dados do boletim macrofiscal divulgado pela pasta nesta segunda-feira (18).

É a terceira alta consecutiva na projeção da Fazenda e representa um aumento de 0,7 ponto percentual em relação à última previsão da SPE, feita em julho deste ano, que já apontava crescimento econômico de 2,5% neste ano.

De acordo com a Secretaria, revisão para cima reflete no resultado do PIB do segundo trimestre, que cresceu 0,9%, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no começo do mês.

“Além da surpresa com o avanço do PIB no segundo trimestre, também contribuíram para elevar a estimativa de crescimento no ano o aumento na safra projetada para 2023, resultados positivos observados para alguns indicadores antecedentes no terceiro trimestre e expectativas de recuperação da economia chinesa no quarto trimestre de 2023”, diz a nota da SPE.

No entanto, para 2024, a projeção de crescimento econômico foi mantida pelos técnicos da Fazenda, e deve ser de 2,3%.

As projeções de inflação foram mantidas em 4,85% para 2023. Já em 2024, a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltou de 3,3% para 3,4%.

De acordo com a SPE, a manutenção se deu por que o “reajuste nos preços de combustíveis na refinaria e seus impactos na inflação vem sendo compensados pela evolução benigna observada para os preços de alimentação no domicílio e serviços subjacentes”.

Já a revisão para cima em 2024 “reflete ajustes marginais decorrentes de mudanças no cenário de câmbio e de preços de commodities”.

Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus desta semana reduziram a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ao final deste ano para 4,86%. O relatório foi divulgado na manhã desta segunda-feira.

O boletim também elevou a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do país de 2,64% para 2,89% para este ano.

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne na terça-feira (19) e quarta-feira (20) para nova decisão sobre a Selic. A expectativa é que o Comitê decida pelo corte de 0,5 ponto percentual na taxa, hoje em 13,25% ao ano.

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