Justiça obriga Tarcísio a garantir câmeras em fardas durante operações

Renan Porto

 atualizado 

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Renan Porto/Metrópoles
Foto colorida mostra policial militar segurando arma de fogo

São Paulo — Justiça de São Paulo determinou, nesta sexta-feira (22/9), o uso obrigatório de câmeras corporais acopladas a fardas em todas as operações policiais realizadas no estado com o objetivo de “responder a ataques praticados contra policiais militares”.

Em decisão liminar, o juiz Renato Augusto Pereira Maia, da 11ª Vara de Fazenda Pública, proíbe que os PMs paulistas participem das operações sem os equipamentos. A determinação, que está em segredo de Justiça, atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

“Determino liminarmente que o Estado seja obrigado a instituir mecanismos para assegurar o correto uso das câmeras corporais por parte das forças policiais, como a obrigação de que o agente zele para que as câmeras estejam carregadas durante toda sua atuação, com a devida apuração de faltas funcionais dos policiais que não observarem os parâmetros mínimos de atuação e que tenham contribuído de qualquer forma para o não funcionamento correto das câmeras corporais”, afirma o juiz na decisão.

O magistrado ainda exigiu que o estado de São Paulo estabeleça parâmetros para evitar operações no entorno de escolas e que esses espaços não sejam usados como bases operacionais.

“Determino, ainda, diante do risco vítimas civis em operações, seja imposta ao Estado a obrigação de (i) estabelecimento de parâmetros para que ações no entorno de escolas, e creches sejam excepcionalíssimas, respeitados os horários de entrada e saída dos estabelecimentos, devendo haver justificação prévia; (ii) a vedação da utilização destes espaços como base operacional, incluindo a calçada do entorno”, diz o magistrado.

Na semana passada, outro juiz, Josué Vilela Pimentel, já tinha determinado que o governo instalasse câmeras no uniforme de todos os PMs de São Paulo. Ele deu um prazo de 90 dias para que a medida seja efetivada.

Operações Escudo na Baixada Santista

A decisão desta sexta-feira (22/9) ocorre enquanto o Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público de São Paulo investiga denúncias de excessos durante a Operação Escudo instalada na Baixada Santista no fim de julho, após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota).

Reprodução de postagens de policiais militares em redes sociais - metrópoles

Policiais militares comemoraram nas redes sociais mortes de suspeitos na Operação Escudo, deflragrada no litoral sul paulista após o assassinato do soldado da Rota Reprodução

PM da Rota Patrick Bastos Reis fardado, com boina da PM. Ele morreu durante patrullhamento no Guarujá

PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá Divulgação/Polícia Militar

Imagem colorida mostra homem de blusa cinza observando viatura da Rota ao fundo estacionada em um corredor de hospital - Metrópoles

Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária Reprodução

Em foto colorida soldado reis aparece em dois quadros, à esquerda vestido com farda da Rota e, à direita, com camiseta regata preta, deixando tatuagens à mostra - Metrópoles

Soldado da Rota foi morto quando fazia patrulhamento no litoral paulista Reprodução/Redes Sociais

Publicação no Instagram com foto em preto e branco de policial da Rota com a palavra

PM declara luto pela morte de Patrick Bastos Reis, policial da Rota morto no Guarujá

Imagem mostra veículo policial, cinza, com farol aceso, em rodovia

Viatura da Rota desce em direção ao litoral paulista Renan Porto/Metrópoles

Em foto colorida policial da Rota, de costas, observa favela enquanto segura um fuzil - Metrópoles

Integrante da Rota em policiamento no Guarujá Divulgação/Rota

Montagem com fotos coloridas (da esq. para a direita) Erickson David da Silva (sem camisa), Kauã Jazon da Silva (camiseta branca) e Marco Antonio, o Mazzaropi (camiseta escura)

Denunciados por participação na morte de PM da Rota no Guarujá: Erickson David da Silva, Kauã Jazon da Silva e Marco Antonio, o Mazzaropi Arte/Metrópoles

Em foto colorida policiais da Rota, de costas, caminham ao lado de viatura da corporação - Metrópoles

Policiais da Rota em operação em São Paulo Divulgação/Rota

Reprodução de postagens de policiais militares em redes sociais - metrópoles

Policiais militares comemoraram nas redes sociais mortes de suspeitos na Operação Escudo, deflragrada no litoral sul paulista após o assassinato do soldado da Rota Reprodução

PM da Rota Patrick Bastos Reis fardado, com boina da PM. Ele morreu durante patrullhamento no Guarujá

PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá Divulgação/Polícia Militar


De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), em muitos casos, PMs estavam sem farda no momento das abordagens que resultaram em morte. Vinte e oito pessoas morreram durante a operação.

A pasta afirma que uma Operação Escudo é instalada sempre que um policial é morto no estado. A ação tem por objetivo reforçar o policiamento na região em que ocorreu o incidente.

Quatro dias após o fim da primeira Operação Escudo no litoral, em 4 de setembro, o governo de São Paulo instalou uma nova Operação Escudo, em 8 de setembro, após a morte do sargento da reserva Gerson Antunes Lima em frente à sua casa.

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