Confissão de Cid vai exigir da PF confisco do passaporte de Bolsonaro
Leonardo Sakamoto

Caso Mauro Cid - caixa eletrônico de primeira-dama, hacker de cartões de vacina, serviço de atendimento a oficiais golpistas e assessor para ataques à urna eletrônica - confirme que entregou a Jair Bolsonaro o dinheiro oriundo da venda de um Rolex doado ao Brasil a mando do próprio, a Polícia Federal vai precisar pedir urgentemente ao Supremo Tribunal Federal a apreensão do passaporte do ex-presidente.
Para evitar uma fuga para o exterior.
O novo advogado do tenente-coronel, Cezar Bitencourt, afirmou à revista Veja que ele vai confessar que vendeu patrimônio público cumprindo ordens de Jair.
E, de lambuja, dirá que adulterou os cartões de vacinação.
Imagine o que pode revelar sobre o seu serviço de saque e depósito de grana para Michelle se estiver com vontade de falar.
Como está preso desde o dia 3 de maio, mantendo-se quieto diante da Polícia Federal e da CPMI dos Atos Golpistas, Cid pode estar engasgado com o sentimento de abandono por parte do ex-patrão.
A gota d'água para abandonar a lealdade cega a Jair pode ter sido a operação de busca e apreensão contra seu pai, o general Mauro Lourena Cid, apontado como parte do esquema de lavagem de joias, o que manchou sua reputação.