*Explosivo no DF: preso é levado para Papuda; polícia identifica 2º suspeito
26/12/2022 12h22
Atualizada em 26/12/2022 12h55
O empresário do Pará George Washington Souza, 54, suspeito de atos terroristas em Brasília, afirmou à polícia ter tido outros dois parceiros na tentativa explodir no sábado um caminhão de combustível em via próxima ao aeroporto da capital federal. Segundo o UOL apurou, a polícia identificou que um deles é Alan Diego dos Santos — que teria deixado a cidade.
Transferido ontem para o Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, na capital federal, George disse aos agentes que o prenderam, segundo os depoimentos dos policiais — aos quais a reportagem teve acesso —, que esteve no acampamento de bolsonarista em frente ao Exército na sexta-feira (23) à noite e que lá ele deixou o artefato explosivo "já preparado" com Alan.
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O suspeito afirmou à polícia que acreditava que a bomba seria colocada "tão somente" em um poste energia para interromper o abastecimento de eletricidade em Brasília.
A reportagem não conseguiu localizar Alan nem identificar se ele tem advogado de defesa.
A polícia acredita que o explosivo tenha sido colocado no caminhão entre a noite de sexta-feira e as 5h de sábado. Foi na madrugada de sábado que o caminhoneiro foi fazer uma inspeção no veículo e descobriu o explosivo, que continha emulsão de pedreira, e foi desarmado pelo grupo antibomba da Polícia Militar do DF.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, o empresário George Washington armou a bomba porque queria chamar a atenção para o grupo que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo protesta em dois pontos de Brasília pedindo que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tome posse e que seja feita uma intervenção das Forças Armadas para melar o resultado das eleições.
Em redes sociais, grupos bolsonaristas afirmam que George Sousa não é bolsonarista. Mas fontes da Secretaria de Segurança ouvidas pelo UOL hoje afirmaram que os protestos são observados por policiais à paisana das equipes de inteligência e que muitos militantes de Bolsonaro são monitorados constantemente. As informações colhidas são complementadas com depoimentos de testemunhas e publicações em redes sociais.
No Gama, a cerca de 25 quilômetros da área central de Brasília, a polícia identificou mais explosivos. Ainda não se sabe sua relação com os artefatos encontrados no aeroporto.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/12/26/bomba-no-df-identificacao-novos-suspeitos-transferencia-para-papuda.htm