TSE assume-se como linha de frente contra Bolsonaro
Diego Escosteguy
Publicada em 17/02/2022 às 12:05
Liderados por Luís Roberto Barroso, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral assumiram-se como linha de frente do Estado Democrático de Direito ante as ameaças autoritárias do presidente Jair Bolsonaro.
Os ataques mais recentes de Bolsonaro às urnas, acompanhados de críticas diretas e abertas a Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, puseram fim a qualquer esperança de que o presidente respeitará o processo eleitoral do qual já participa.
O contexto agrava-se com o convite declinado pelo general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa, para compor o TSE.
Era um gesto dos ministros às Forças Armadas.
Já se arrependeram.
A divulgação das respostas do TSE às perguntas dos militares acerca das urnas já foi uma resposta dos ministros não só a Bolsonaro - mas também à cúpula das Forças.
Há pouco, as fortes declarações de Barroso na despedida como presidente do TSE refletem o pensamento majoritário na corte: Bolsonaro precisa ser contido.
E será, asseguram os ministros reservadamente.
Mesmo sem Augusto Aras.
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