Brasil registra primeiros casos da subvariante BA.2 da Ômicron. -. Dois casos foram identificados no estado de São Paulo, outros dois no Rio de Janeiro e um em Santa Catarina; Ministério da Saúde esclarece que "sublinhagem não tem impacto no diagnóstico laboratorial e eficácia das vacinas"

 Elis Barretoda CNN*

No Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou os primeiros casos da subvariante BA.2, da Ômicron. São dois casos no estado de São Paulo; dois no Rio de Janeiro; e um em Santa Catarina, totalizando cinco registros no país.


A CNN questionou o Ministério da Saúde sobre os casos de BA.2 no Brasil. Em nota, a pasta confirma que, “até o momento, a pasta foi notificada de cinco casos da linhagem BA.2 da variante de preocupação (VOC) Ômicron no país. Dois em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Santa Catarina”.


O texto prossegue, afirmando que “a pasta esclarece que a sublinhagem da VOC Ômicron não tem impacto no diagnóstico laboratorial e eficácia das vacinas. Até o momento, não existem evidências relacionadas à nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal”.


Em São Paulo, dados da Rede de Vigilância Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Genomahcov/Fiocruz) mostram que já em dezembro de 2021 uma amostra sequenciada apontou o subtipo no estado. O outro caso foi registrado em uma amostra sequenciada em janeiro deste ano.


No Rio de Janeiro, o Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou a identificação de dois casos.


A Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmou o caso de uma paciente de 43 anos, que teve sintomas leves. Segundo a secretaria, ela não tem histórico de viagem ou contato com alguém que tenha viajado recentemente, o que indica que já há transmissão local.


Em Santa Catarina, o secretário de estado de Saúde, André Motta Ribeiro, postou em uma rede social que foi informado pela Fiocruz da identificação de um caso em Florianópolis.
Uma característica importante deste novo subtipo é que ele não gera uma assinatura específica em testes de laboratórios, evento chamado de falha no alvo do gene S, e pode parecer como outras variantes de coronavírus no primeiro momento, algo que fez a subvariante ser conhecida como “a variante furtiva”.


A BA.2 já foi identificada em alguns países, e tem ganhado força na Índia e na Dinamarca. Na Dinamarca, a BA.2 agora responde por cerca de metade de todos os novos casos de Covid-19, de acordo com uma declaração recente do Instituto Statens Serum do país. O diretor do Centro Nacional de Controle de Doenças da Índia, Dr. Sujeet Kumar Singh, disse que a BA.2 se tornou a cepa dominante lá.

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