Sextou para Arthur Lira

 Redação

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Publicada em 04/02/2022

Arthur Lira está em alta na política. 

O deputado dá o tom do governo Jair Bolsonaro desde que assumiu a Presidência da Câmara e, atualmente, articula a expulsão de Paulo Guedes da Economia – sonho antigo do centrão. Agora, o homem forte de Brasília recebeu boas notícias do STF.

Edson Fachin votou hoje (sexta) pelo arquivamento da denúncia em que o alagoano foi alvo num desdobramento do que ficou conhecido como o “Quadrilhão do PP”. O deputado foi acusado de receber, de 2004 a 2007, R$ 1,5 milhão desviados da Petrobras pela Queiroz Galvão em troca de apoio à permanência de Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da empresa.

A trama jurídica é cheia de idas e vindas. A PGR ofereceu denúncia contra Lira no caso e depois tentou desistir da peça. Fachin não permitiu. Lira chegou a recorrer para barrar a análise da denúncia, mas desistiu no último dia 2.

No julgamento realizado no plenário virtual do STF e que terminará no próximo dia 11, contudo, Fachin argumentou não haver provas dos fatos delatados pelos doleiros Alberto Youssef e Carlos Alexandre de Souza Rocha. Seriam as principais evidências da denúncia oferecida.

A PGR, quando apresentou a denúncia (em maio de 2020), dizia que Lira, ao assumir a liderança do PP após a ida de Aguinaldo Ribeiro para o Ministério das Cidades (em 2012), “passou a atuar de modo mais concreto no esquema de arrecadação de propina, fiscalizando os pagamentos ao grupo dissidente”. Essa acusação foi escrita pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.

À época, o advogado de Lira, Pierpaolo Bottini, afirmou que o presidente da Câmara “assumiu a liderança do PP e afastou Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef do partido” e que esse “fato já provado” explica a “inimizade dos colaboradores e suas reiteradas tentativas de envolver o parlamentar em ilícitos dos quais não participou”.

Lira se movimenta com tranquilidade em Brasília. Não é para menos. Já teve outras denúncias recusadas.

Em março do ano passado, a Segunda Turma do STF rejeitou a denúncia do Quadrilhão do PP argumentando que não seria possível investigar Arthur Lira, 

Ciro Nogueira, Aguinaldo Ribeiro e Eduardo da Fonte - todos do PP – apenas com base em delações.

Poucos meses antes, em dezembro de 2020, nova vitória de Lira, mas em seu reduto eleitoral. O juiz Carlos Henrique Pita Duarte absolveu o parlamentar das acusações de rachadinha enquanto foi deputado estadual (2001 a 2007). O Ministério Público disse ter ficado surpreso com a decisão.

Ainda tramita no STF uma investigação contra o presidente da Câmara. O deputado é acusado de receber, por meio de um de seus assessores, R$ 106 mil em propina de Francisco Colombo, ex- presidente da CBTU. O processo está parado desde agosto de 2021 com Dias Toffoli. 

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