Twitter atende STF e retém 16 contas de perfis bolsonaristas

O Twitter reteve, nesta tarde, 16 perfis bolsonaristas na rede social atendendo à decisão do ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura notícias falsas e ameaças a ministros do STF.
Por Daniel Adjuto, CNN  
24 de julho de 2020 
Entre as contas suspensas, estão a da ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, do ex-deputado Roberto Jefferson, dos blogueiros Allan dos Santos e Bernardo Küster, e dos empresários Luciano Hang e Edgard Corona e Otávio Fakhoury.
Em nota, o Twitter informou que "agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)". 
Em maio, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas nas redes sociais "para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".
Para justificar o bloqueio da conta de Roberto Jefferson, o ministro Alexandre de Moraes afirmou na decisão que o ex-deputado é "um dos responsáveis pelas postagens reiteradas em redes sociais de mensagens contendo graves ofensas a esta Corte e seus integrantes, com conteúdo de ódio e de subversão da ordem".
Veja a lista completa de contas banidas:
Allan Lopes dos Santos (Twitter e Facebook)

Bernardo Pires Kuster (Twitter e Facebook)
Edson Pires Salomão (Twitter e Facebook)
Eduardo Fabris Portela (Twitter e Facebook)
Enzo Leonardo Suzi Momenti (Twitter e Facebook)
Luciano Hang  (Twitter e Facebook)
Marcelo Stachin (Twitter e Facebook)
Marcos Dominguez Bellizia (Twitter e Facebook)
Rafael Moreno(Twitter e Facebook)
Paulo Gonçalves Bezerra
Rodrigo Barbosa (Twitter e Facebook)
Roberto Jefferson (Twitter)
Sara Giromini(Twitter e Facebook)
Edgard Gomes Corona (Twitter)
Luciano Hang (Facebook)
Otavio Fakhoury(Twitter)
Reynaldo Bianchi Junior(Twitter)
Winston Rodrigues Lima (Twitter e Facebook) 

Bolsonaristas se manifestam
Alvos da decisão do STF e outros partidários do presidente se manifestaram nas redes sociais sobre a decisão.
“Mais uma censura grave do Supremo. Em pleno terceiro milênio e uma ditadura desses juízes, eu fui censurado mais uma vez. Eu tenho 210 mil seguidores e 90 milhões de interações, estão calando a minha voz”, disse Roberto Jefferson, em entrevista à CNN.
O empresário Otávio Fakhoury também se manifestou. "Estamos na China. Fomos censurados como queriam. Um dos objetivos desse inquérito é censurar e intimidar pessoas ligadasà direita brasileira", disse.
Reynaldo Bianchi Júnior negou que financie fake news. "Em primeiro lugar, fui acusado de financiador de fake news, o que JAMAIS provaram e que NUNCA fui. Em todo o processo, não existe NENHUMA prova contra mim. Essa decisão mostra o autoritarismo, ativismo judiciário e destruição da democracia, realizado por alguns ministros do STF.  A sociedade é completamente contra esses atos!"
"Eu, Sara Winter, encaro isso realmente como uma censura a todos os apoiadores do presidente Bolsonaro", disse Sara Giromini. Por meio de nota, sua defesa disse que "denunciará aos organismos internacionais de direitos humanos a grave ofensa à liberdade de expressão, direitos e garantias fundamentais"
Marcelo Stachin disse que jamais fez citações que atacassem quaisquer das instituições. "Sempre defendi a liberdade delas, e que todas possam atuar em conjunto para benefício do nosso país.  Acredito que o Inquérito das Fake News bem com a PL 2630 poderá destruir nossa liberdade, ou o que ainda resta dela. E isso inclui não somente os apoiadores do Presidente Bolsonaro mas a própria imprensa. Hoje somos nós os conservadores, da direita, os bolsonaristas, mas amanhã, serão os outros milhões que iro perder  seu direito à livre opinião. A atuação do STF através do grotesco e inconstitucional Inquérito, é a maior demonstração da ditadura no judiciário brasileiro contra a nossa nação!"
Edson Pires Salomão também acredita ser alvo de censura. "Hoje foi institucionalizado o crime de opinião", afirmou." Foi declarada a censura aos conservadores por meio de uma decisão do STF."
Edgar Gomes Corona não vai se manifestar no momento.
(Com reportagem de Larissa Rodrigues, da CNN, em Brasília)

Bolsonaristas contornam ordem do STF e mudam localização para continuar postando

Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo
24 de julho de 2020 
Mensagens compartilhadas no Twitter por Bernardo Küster (acima), Allan dos Santos e Sara Winter mesmo depois terem suas contas restringidasFoto: Reprodução/ Twitter

Alguns dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que tiveram suas contas no Twitter bloqueadas nesta sexta-feira (24) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contornaram a medida tomada pelo site e continuaram publicando mensagens na rede social.

Isso foi possível porque a conta deles não foi suspensa, mas apenas sofreu uma restrição para não ser acessada por pessoas no Brasil. Assim, com mudanças na funcionalidade de localização do Twitter, torna-se possível ler os tweets dos alvos da decisão judicial. 

Em maio, Moraes determinou o bloqueio das contas nas redes sociais "para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".

Em nota, o Twitter informou que "agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)". 

A CNN identificou que pelo menos quatro dos 16 alvos da ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contornaram a proibição: a ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, os blogueiros Allan dos Santos e Bernardo Küster, e o empresário Otávio Fakhoury.

“Antes que tirem o recurso de mudarem de país ou bloqueiem de uma vez por todas, gostaria de deixar claro que: O CABEÇA DE PIROCA UM DITADOR DE MERDA. Conseguem ler?”, escreveu, ofendendo Moraes. Sara chegou a ser presa em junho após o ministro aceitar pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Já Küster escreveu que não foi informado sobre a decisão judicial que bloqueou sua conta na rede social. “A única de que tenho notícia era do inquérito ilegal, a mesma que permitiu buscas e apreensões. POR QUE AGORA? Vão bloquear outras também? Saibam, não vão parar em mim”, afirmou.

Em outra mensagem, ele postou instruções de como os usuários deveriam proceder para poder acompanhar suas publicações e terminou com uma ofensa ao ministro do Supremo. “Tente censurar o Tio Sam agora, Cabeça de Ovo!”

Allan do Santos, conhecido como Allan Terça Livre, usou sua conta para publicar uma mensagem em inglês. No texto, publicado com a hashtah #FreedomOfSpeech (Liberdade de Expressão), ele disse que quem podia ler sua mensagem estava fora do Brasil e que o STF havia banido sua conta no Brasil.

Mais econômico, Fakhoury publicou uma mensagem apenas questionando o advogado João Vinícius Manssur: “Foi o STF que me calou?”.

Bolsonaristas se manifestam

Alvos da decisão do STF e outros partidários do presidente se manifestaram nas redes sociais sobre a decisão.

“Mais uma censura grave do Supremo. Em pleno terceiro milênio e uma ditadura desses juízes, eu fui censurado mais uma vez. Eu tenho 210 mil seguidores e 90 milhões de interações, estão calando a minha voz”, disse o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, em entrevista à CNN.

O empresário Otávio Fakhoury também se manifestou. "Estamos na China. Fomos censurados como queriam. Um dos objetivos desse inquérito é censurar e intimidar pessoas ligadasà direita brasileira", disse.

Reynaldo Bianchi Júnior negou que financie fake news. "Em primeiro lugar, fui acusado de financiador de fake news, o que JAMAIS provaram e que NUNCA fui. Em todo o processo, não existe NENHUMA prova contra mim. Essa decisão mostra o autoritarismo, ativismo judiciário e destruição da democracia, realizado por alguns ministros do STF. A sociedade é completamente contra esses atos!"

"Eu, Sara Winter, encaro isso realmente como uma censura a todos os apoiadores do presidente Bolsonaro", disse Sara Giromini. Por meio de nota, sua defesa disse que "denunciará aos organismos internacionais de direitos humanos a grave ofensa à liberdade de expressão, direitos e garantias fundamentais".

Marcelo Stachin disse que jamais fez citações que atacassem quaisquer das instituições. "Sempre defendi a liberdade delas, e que todas possam atuar em conjunto para benefício do nosso país. Acredito que o Inquérito das Fake News bem com a PL 2630 poderá destruir nossa liberdade, ou o que ainda resta dela. E isso inclui não somente os apoiadores do Presidente Bolsonaro mas a própria imprensa. Hoje somos nós os conservadores, da direita, os bolsonaristas, mas amanhã, serão os outros milhões que iro perder seu direito à livre opinião. A atuação do STF através do grotesco e inconstitucional Inquérito, é a maior demonstração da ditadura no judiciário brasileiro contra a nossa nação!"

Edson Pires Salomão também acredita ser alvo de censura. "Hoje foi institucionalizado o crime de opinião", afirmou." Foi declarada a censura aos conservadores por meio de uma decisão do STF."

Edgard Gomes Corona não vai se manifestar no momento.

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