Marcelo Odebrecht revela que empreiteira é ‘quintal de maldades’ do pai

Condenado a 19 anos e quatro meses de prisão, o empresário Marcelo Odebrecht relatou à Justiça que a empreiteira, que faz parte do conglomerado de empresas da família, é o “quintal de maldade de Emílio”, ao se referir ao pai, Emílio Odebrecht, conforme apuração do colunista do UOL Rogério Gentile.

Marcelo diz no documento que renunciou ao direito de defesa durante a Operação Lava Jato nas ações em que os “verdadeiros responsáveis” são Emílio, o cunhado Maurício Ferro e diversos outros executivos da empresa.
O herdeiro e acionista da Odebrecht diz ainda que, ele teve a coragem de colaborar com as investigações com o objetivo de salvar a empresa.
“Todas as decisões adotadas pela Odebrecht representam a vontade de quem tem o controle absoluto da companhia”, referindo-se ao seu pai.
Cumprindo sua pena em regime semiaberto, Marcelo também requeriu na petição o pedido de desbloqueio de seus bens pessoais e da sua família, o que está em torno de R$ 113 milhões. O empresário alega que por conta do bloqueio contraiu uma dívidas que totalizam R$ 700 mil.
O embate entre pai e filho se arrasta e ambos os lados confrontam a versão apresentada pela parte contrária. Marcelo diz que a Odebrecht impede sua independência financeira e tentar fazer com que ele não continue a sua colaboração premiada.
Em contrapartida, a empresa também apresentou uma petição na qual alega que o esquema de corrupção foi dirigido por Marcelo. Além disso, relata que  executivo ameaçou mentir para as autoridades criminais.
“Seus achaques e suas ameaças foram constantes ao longo dos anos”, diz.
“O Sr. Marcelo Odebrecht sempre deixou claro que não teria nenhum escrúpulo em destruir a companhia para obter aquilo que desejasse, fossem vantagens patrimoniais, ingerência em decisões comerciais ou poder de controle sobre funcionários da empresa”.

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