Barroso diz ser contra nomeação de procuradores-gerais da República ao STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso disse, nesta sexta-feira (29), ser contra a possibilidade de presidentes nomearem procuradores-gerais da República para outros cargos, “inclusive ministro do Supremo”.

  • Por Jovem Pan
Barroso argumentou que uma eventual nomeação para outro cargo ou recondução do PGR como chefe do Ministério Público Federal (MPF) poderia ‘gerar a tentação de agradar’ o chefe do Executivo.
“Acho que é preciso incluir o conserto do que eu considero uma falha de desenho institucional do Ministério Público na Constituição que é a possibilidade de recondução e a possibilidade de nomeação para outro cargo. Ambas as possibilidades são, a meu ver, incompatíveis com a independência Porque a recondução, evidentemente, pode gerar a tentação de agradar. (…) Acho que quem tem que ser independente não pode ser reconduzido, portanto eu acho que teria que ser um mandato único”, defendeu o ministro, que também acumula o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para Barroso, além da formalização da lista tríplice, uma demanda quem vêm crescendo internamente no MPF, é preciso instituir “o mandato sem renovação e a vedação de que quem tenha nomeado o chefe do Ministério Público possa nomeá-lo para qualquer outro cargo, inclusive para o Supremo Tribunal Federal”.
O ministro deixou claro que esta é uma posição defendida por ele há algum tempo e “não tem relação com o momento atual”.
A fala veio após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que daria uma vaga a Augusto Aras, atual PGR, no STF. “Se aparecer uma terceira vaga para o Supremo, o nome de Augusto Aras entra fortemente”, declarou.
*Com Estadão Conteúdo

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